Hungria reitera oposição à adesão da Ucrânia à União Europeia
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse hoje que se opõe à adesão da Ucrânia à União Europeia argumentando que pode afetar a agricultura da Hungria.
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“Eu, pela minha parte, sou contra”, disse Orbán quando questionado sobre a cimeira da União Europeia da próxima semana, onde, entre outras questões, vai ser discutida a eventual adesão da Ucrânia.
O líder húngaro acrescentou que, atualmente, não vê “um único argumento” que justifique a adesão da Ucrânia do ponto de vista dos interesses húngaros.
“É impensável, aqui e agora. Seria a nossa ruína, seria a ruína dos agricultores húngaros e da economia agrícola húngara, em primeiro lugar, e, em segundo lugar, seria a ruína de toda a economia nacional”, disse Orbán em declarações à rádio pública Kossuth.
Orbán manifestou dúvidas sobre a forma como a Hungria poderia travar o que chamou “fluxo de crime” que seria gerado pela adesão do país vizinho, embora não tenha especificado a que se referia.
O líder nacionalista húngaro é um aliado do Presidente russo Vladimir Putin e tem relações tensas com a Ucrânia.
O governo de Orbán tem-se recusado a enviar armamento para a Ucrânia desde que a Rússia atacou o país em 2022.
O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, reuniu-se com Orbán em Budapeste, na quarta-feira, para preparar a cimeira da União Europeia, agendada para 06 de março, onde também vai ser discutido, entre outros assuntos, o apoio à Ucrânia.
PSP // SB
By Impala News / Lusa
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