Governo reúne hoje com sindicatos da Função Pública para discutir salários

O Governo vai reunir-se hoje com as três federações da Administração Pública, tendo em vista a atualização geral dos salários dos funcionários públicos do próximo ano.

Governo reúne hoje com sindicatos da Função Pública para discutir salários

As reuniões que decorrem hoje no Ministério das Finanças contarão com a presença da secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, e têm como objetivo “dar início ao processo negocial geral, no âmbito da Administração Pública, previsto no artigo 350.º e seguintes da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas”.

Os encontros com os três sindicatos da Administração Pública vão decorrer em separado. O primeiro a ser recebido é o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), pelas 09:00. Já da parte da tarde, o Governo vai reunir com a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (Frente Comum) e depois com a Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesap).

O processo negocial anual de discussão de salários na Administração Pública arranca na véspera da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o que causou algum “desconforto” aos sindicatos.

Não obstante, em declarações à Lusa, as três estruturais sindicais esperam que a reunião seja “profícua” e que o executivo seja “generoso” e tenha abertura para discutir a atualização geral dos salários do próximo ano.

Defendem, por isso, que o Governo pode ir além do previsto no acordo plurianual assinado pelo anterior executivo, liderado por António Costa, (e no qual a Frente Comum ficou de fora), que previa aumentos de cerca de 52 euros ou de 2% para a administração pública até 2026. De notar que a secretária de Estado da Administração Pública já garantiu que iria cumprir o acordo, mas não revelou se estaria disposta a ir mais além.

Os três sindicatos que representam a Administração Pública já apresentaram publicamente os respetivos cadernos reivindicativos e reclamam aumentos remuneratórios de, pelo menos, 6%.

Em concreto, a Fesap, afeta à UGT, propõe um aumento salarial de 6,5% em 2025, com uma atualização mínima de 85 euros para todos os trabalhadores do Estado, e uma subida do subsídio de refeição de seis para oito euros por dia.

Já a Frente Comum, afeta à CGTP, exige aumentos salariais de, pelo menos, 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, a partir de janeiro de 2025, e que o subsídio de alimentação seja aumentado para 10,50 euros.

Por sua vez, a Frente Sindical, liderada pelo STE, quer uma atualização salarial de, pelo menos, 6% e um aumento do subsídio de refeição de seis para 10 euros por dia.

Além da atualização salarial, da subida do subsídio de alimentação e do aumento das ajudas de custo, há outras matérias que constam nos respetivos cadernos reivindicativos e que as federações sindicais consideram fundamental ver discutidas, nomeadamente “a revisão das carreiras não revistas” e questões relacionadas com o SIADAP.

JMF // EA

By Impala News / Lusa

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