Governo cabo-verdiano anuncia novo programa de cooperação com Banco Mundial
O Governo cabo-verdiano anunciou hoje um novo programa de cooperação com o Banco Mundial para os próximos dez anos, destinado a apoiar o crescimento económico, a criação de emprego e o reforço da resiliência do arquipélago.

Trata-se de um “importante avanço para Cabo Verde que reforça a parceria” já sólida, focada na execução de “projetos e investimentos que aumentem a capacidade de geração de riqueza, promovam um crescimento económico inclusivo e criem empregos de qualidade, sobretudo para os jovens”, afirmou o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, na sua página do Facebook, após um encontro com o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, em Washington.
Este novo programa inclui também medidas para aumentar a resiliência do país, reduzir vulnerabilidades a choques externos e melhorar as condições de vida da população.
Ulisses Correia e Silva agradeceu ainda o apoio do Banco Mundial nas comemorações dos 50 anos da independência, considerando este gesto uma “forte demonstração de confiança”.
O primeiro-ministro termina hoje uma missão de dois dias a Washington, inserida nas celebrações internacionais dos 50.º anos da independência cabo-verdiana.
Esta visita simbólica visa celebrar o progresso desde 1975 e reforçar as parcerias com instituições internacionais e agentes do desenvolvimento.
Um dos objetivos principais foi aprofundar a colaboração com o grupo Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), “duas instituições cruciais para o desenvolvimento do país”.
No encontro com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, o primeiro-ministro destacou a boa parceria existente, realçando a estabilidade macroeconómica e a capacidade do país para resistir a crises globais, como a pandemia e a crise energética causada pela guerra na Ucrânia.
Foram ainda abordados os desafios futuros, nomeadamente as reformas e investimentos necessários para diversificar a economia e garantir crescimento, assim como o compromisso com a redução da dívida pública.
A estabilidade mantém-se como prioridade, fundamental para atrair investimentos e gerar confiança, disse.
Ulisses Correia e Silva partilhou também o projeto de criação, com apoio técnico do FMI, de um centro de excelência para formação fiscal, financeira e macroeconómica, destinado aos países lusófonos e à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
RS // MLL
By Impala News / Lusa
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