Exportações da China crescem 7% em julho mas enfrentam crescentes barreiras comerciais

As exportações da China aumentaram 7% em julho, numa altura em que analistas preveem menor crescimento no segundo semestre, em parte devido ao aumento das taxas alfandegárias na União Europeia e nos Estados Unidos

Exportações da China crescem 7% em julho mas enfrentam crescentes barreiras comerciais

As exportações em julho cresceram 7% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 300,56 mil milhões de dólares (275 mil milhões de euros), de acordo com dados das alfândegas chinesas divulgados hoje.

A subida foi inferior ao aumento de 8,6% registado em junho.

O crescimento é também atribuído ao efeito base de comparação, já que no período homólogo as exportações da China tinham caído para o nível mais baixo desde fevereiro de 2020, após uma queda de 14,5%.

Em julho, as importações aumentaram 7,2% em relação ao mesmo mesmo do ano anterior, em comparação com uma queda de 2,3% registada em junho. 

O excedente comercial da China em julho situou-se em 84,65 mil milhões de dólares (cerca de 77 mil milhões de euros), em comparação com 99,05 mil milhões de dólares (91 mil milhões de euros) registados em junho. 

Na primeira metade do ano, as exportações da China conseguiram resistir à desaceleração da economia nacional, apoiando os esforços governamentais para atingir o objetivo de crescimento económico de 5% para este ano, delineado por Pequim.

No entanto, as acusações sobre excesso de capacidade da China sugerem que o país deverá enfrentar mais barreiras comerciais. 

A entrada em vigor nos EUA de taxas alfandegárias sobre mais de 100 produtos chineses, inicialmente prevista para a semana passada, foi adiada pelo menos duas semanas, enquanto a União Europeia deverá anunciar ainda este ano uma decisão final sobre a aplicação de taxas punitivas sobre veículos elétricos chineses. 

As principais exportações da China poderão também ser pressionadas pela conjuntura macroeconómica mundial, depois de as preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos terem desencadeado fortes quedas nas bolsas mundiais no início da semana. 

 

JPI // VQ

By Impala News / Lusa

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