Exército israelita perde nove soldados num dia

O Exército israelita anunciou hoje a morte de nove soldados na Faixa de Gaza no dia anterior, um dos maiores números diários desde o início da sua operação terrestre no enclave palestiniano, controlado pelo Hamas.

Exército israelita perde nove soldados num dia

No total, segundo o Exército, 185 dos seus soldados morreram desde 27 de outubro, quando, após uma intensa campanha de bombardeamentos, as forças de Telavive entraram na Faixa de Gaza.

Em 06 de janeiro, o Exército israelita anunciou que tinha “concluído o desmantelamento da estrutura militar” do movimento islamita palestiniano Hamas no norte da Faixa de Gaza e explicou que passava a concentrar-se no centro e no sul deste território.

Hoje, as autoridades militares israelitas declararam ter matado “cerca de 40 terroristas” na segunda-feira, durante uma operação na cidade de Khan Younis (sul).

Por sua vez, em dois comunicados de imprensa, as Brigadas al-Qassam, braço armado do movimento palestiniano Hamas, afirmaram na segunda-feira ter “matado e ferido” soldados israelitas e visado um tanque Merkava naquela cidade.

Segundo a imprensa israelita, seis dos nove soldados mortos morreram na explosão de um camião do Exército carregado com explosivos e destinado a destruir infraestruturas subterrâneas.

Dezenas de soldados ficaram feridos nesta explosão, incluindo Idan Amedi, ator da série israelita Fauda, segundo os ‘media’ israelitas, mas o Exército não forneceu detalhes.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro, matando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, segundo números oficiais de Telavive.

No dia seguinte, Israel mobilizou 360 mil reservistas, além dos 169.500 soldados contratados.

Os israelitas que completaram o serviço militar, uma grande parte da população judaica adulta, são obrigados a permanecer na reserva até os 40 anos.

Em retaliação aos ataques de 07 de outubro, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 23 mil pessoas, na maioria mulheres, crianças e adolescentes.

O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população da Faixa de Gaza), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado numa grave crise humanitária.

HB // SCA

By Impala News / Lusa

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