Eleitores na Beira pedem mudança e melhoria das condições de vida
Eleitores na Beira, cidade no centro de Moçambique, pediram hoje mudanças e a melhoria das condições de vida para os moçambicanos que votam hoje em eleições gerais.
“Já fiz a minha parte, já votei e espero mudança e melhorias na vida do povo moçambicano ” disse Manuel Joaquim, eleitor na cidade da Beira.
Este jovem de 25 anos participa pela segunda vez na eleição de um novo Presidente da república em Moçambique disse que espera também que o próximo Governo crie “mais oportunidades para a juventude” que se vê “quase abandonada”.
“A vida está difícil para todos, mas espero que o novo Governo olhe também para a juventude porque o emprego e oportunidade está a faltar”, disse.
Elisabete Fernando, de 32 anos, espera que o candidato em que votou vença e que cumpra o que prometeu na campanha para “desenvolver mais o país”.
“Espero que se continue a trabalhar para a melhoria da vida dos moçambicanos e espero que isso se reflita nos próximos anos” frisou.
Elisabete, enfermeira, defendeu que o país deve voltar a ser o que era no passado, “pois muita coisa está mudada e as políticas de desenvolvimento devem ser aplicadas em todas áreas” porque “é assim que o vencedor deve cumprir, para o bem”.
Com filas enormes logo às primeiras horas, com eleitores de todas as faixas etárias, o ambiente nas assembleias de voto era calmo, apesar de haver pontos onde até às 09:00 não haviam sido instaladas mesas e assembleias de voto.
José Joaquim, de 34 anos, também enfermeiro, disse igualmente esperar que com o seu voto “haja mudanças e melhorias no sistema de gestão da vida dos moçambicanos” para “contribuir para o desenvolvimento do país”.
“Espero ter feito uma boa decisão e espero colher os frutos que plantei hoje. Espero melhorias nas questões ligadas à juventude e muito mais para o desenvolvimento do pais”, frisou.
Já a professora Jorgina Cardoso, de 28 anos, enumerou entre as mudanças a reabilitação de estradas e construção de mais infraestruturas no país.
Com a filha ao colo e com sorriso no rosto, Hermínia Francisco, de 36 anos, doméstica, também pediu melhorias nas estradas e emprego para os jovens.
“Já votei, espero que o novo Governo de Moçambique melhore as estradas, o emprego e muito mais coisas para o bem do país”, disse.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) recenseou 17.163.686 eleitores para esta votação, incluindo 333.839 que vão votar em sete países africanos e dois europeus.
As eleições gerais de hoje incluem as sétimas presidenciais – às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos – em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
Concorrem à Presidência da República Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceira força parlamentar), Daniel Chapo, com o apoio da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde 1975), Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido extraparlamentar Podemos, e Ossufo Momade, com o apoio da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, maior partido da oposição).
A publicação dos resultados da eleição presidencial pela CNE, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias, antes de seguirem para validação do Conselho Constitucional, que não tem prazos para proclamar os resultados oficiais após analisar eventuais recursos.
A votação inclui legislativas (250 deputados) e para assembleias provinciais e respetivos governadores de província, neste caso com 794 mandatos a distribuir.
Segundo dados do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) foram credenciados, para acompanhar estas eleições, 11.516 observadores nacionais e 412 internacionais.
As eleições contam com mais de 184.500 membros de mesas de voto, distribuídos pelos 154 distritos do país (180.075) e fora do país (4.436).
JYJE // VM
By Impala News / Lusa
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