Eleições no Equador foram transparentes e sem grandes irregularidades — OEA
A missão de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) concluiu que as eleições no Equador aconteceram “de forma transparente e sem irregularidades generalizadas que pudessem pôr em causa a validade dos resultados”
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Num relatório preliminar divulgado na terça-feira, a missão reiterou que os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador “estão em linha com os dados recolhidos” pelos observadores da OEA durante a votação.
O relatório surgiu horas depois de o atual Presidente e recandidato, Daniel Noboa, ter dito que a recontagem em várias províncias do país revelou “coisas que não batem certo” e que contradizem os resultados preliminares apurados pela OEA, que lhe atribuiu “um número superior” de votos em relação à contagem oficial.
Noboa denunciou “muitas irregularidades” na votação e resultados da primeira volta das eleições presidenciais, realizada no domingo, que ditou a disputa de segunda volta com a candidata da oposição Luisa González.
Questionado sobre se, neste cenário, reconhece o resultado das eleições, o chefe de Estado evitou comentar, preferindo agradecer o apoio dos cidadãos à sua candidatura e manifestar a sua intenção de tentar convencer os dois milhões de equatorianos que se abstiveram.
Também na terça-feira, a missão de observação eleitoral da União Europeia (UE) para o Equador afastou a existência de fraude nas eleições gerais, em resposta a acusações, feitas inicialmente por González e, após os resultados, por Noboa.
O chefe da missão, o eurodeputado espanhol Gabriel Mato, destacou, numa conferência em Quito para apresentar um relatório preliminar, que as eleições no Equador foram “transparentes, bem organizadas e pacíficas”.
Mato sublinhou, no entanto, que existem desafios pendentes, como a publicidade nas redes sociais, a utilização dos meios de comunicação públicos e a falta de separação entre as atividades eleitorais e governamentais por parte de Noboa.
“Não temos um único elemento objetivo de que tenha havido algum tipo de fraude”, garantiu Mato, em referência às irregularidades denunciadas primeiro por González, candidata do movimento Revolução Cidadã (RC), liderado pelo ex-Presidente Rafael Correa (2007-2017).
A primeira volta das eleições presidenciais decorreu domingo e Noboa venceu por uma margem de apenas 0,2% – pouco mais de 20 mil votos – contra González, que, no entanto, defendeu nas redes sociais que foi a mais votada nas urnas.
A segunda volta está agendada para 13 de abril.
No domingo, além da primeira volta das presidenciais decorreram ainda eleições legislativas que determinaram a vitória do partido de Noboa, apesar de ainda necessitar de alianças para garantir uma maioria no parlamento.
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By Impala News / Lusa
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