CPLP: Assembleia Parlamentar reúne-se em Luanda com Guiné-Bissau na agenda

A situação na Guiné-Bissau é um dos temas em agenda na reunião de dois dias da 1.ª Comissão da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que hoje se inicia em Luanda.

CPLP: Assembleia Parlamentar reúne-se em Luanda com Guiné-Bissau na agenda

Em declarações à Lusa, o presidente da Comissão de Política, Estratégia, Legislação, Cidadania e Circulação da Assembleia Parlamentar da CPLP, considera que há uma situação na Guiné-Bissau que “merece preocupação”.

“O Estado de Direito e a democracia, o respeito pela Constituição são pedras basilares para que os nossos países possam avançar”, afirmou à agência Lusa Porfírio Silva.

“Temos no caso da Guiné-Bissau uma situação que nos preocupa a todos muito, uma vez que temos a noção de que a Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau mais uma vez está a ser impedida de exercer o seu mandato numa situação que a nós nos parece claramente inconstitucional”, defendeu.

Para Porfírio Silva, “pelos elementos que estão disponíveis, quer do ponto de vista legal, no conhecimento da Constituição da República da Guiné-Bissau, quer do ponto de vista factual, há elementos que nos preocupam”.

A atual composição da Assembleia Nacional Popular guineense resulta das eleições realizadas em junho de 2023 e o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o parlamento em 04 de dezembro, apesar de a Constituição não o permitir nos 12 meses posteriores ao ato eleitoral.

Na reunião de Luanda, que decorrerá à porta fechada, irão ainda ser debatidas questões de organização interna, e os parlamentares participantes também vão discutir os processos eleitorais recentemente realizados, como é o caso de Moçambique, ou os que se vão ainda realizar, designadamente em Portugal.

“Quando há mudanças, modificações ou dificuldades políticas ou êxitos políticos nos diferentes Estados-Membros, também é feita essa análise”, adiantou, concluindo que a 1.ª Comissão da Assembleia Parlamentar da CPLP “dá sempre muita atenção aos processos eleitorais”.

EL (PMF) // JMC

By Impala News / Lusa

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