Comissária europeia preocupada com mortes de migrantes e travessia violenta em Melilla
A comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, declarou hoje estar “profundamente preocupada” com a tentativa de passagem de milhares de migrantes para a cidade espanhola de Melilla, em resultado da qual morreram pelo menos 23 pessoas.
“Os acontecimentos na fronteira de Melilla são profundamente preocupantes. Primeiro, e acima de tudo, pela perda de vidas. Em segundo lugar, a travessia forçada e violenta de uma fronteira internacional nunca poderá ser tolerada”, escreveu a comissária numa mensagem na sua conta no Twitter. “Esta tragédia sublinha o porquê de precisarmos de rotas seguras, realistas e a longo prazo que reduzam as viagens desesperadas e condenadas”, assinalou Johansson.
Suspensão da cooperação na área do clima pode ter “efeito catastrófico”
O líder da delegação russa na Conferência dos Oceanos em Lisboa alertou hoje que a suspensão da cooperação na área do clima ou proteção ambiental pode ter um “efeito catastrófico” para o planeta e a sua recuperação “exigir décadas” (… continue a ler aqui)
Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, se referiu hoje ao incidente, quando questionado durante uma conferência de imprensa à margem da cimeira do G7 em Elmau (Alemanha), transmitiu as suas condolências às vítimas e suas famílias e apoiou a Espanha na sua gestão destas questões. “Sabemos que a migração é um desafio difícil para todos. Expresso o meu apoio às autoridades espanholas. Compreendo muito bem que, no domínio da migração, às vezes enfrentamos situações extraordinárias”, disse. A tragédia que ocorreu continua a somar mortes, que já são 23, de acordo com o número oficial, embora as associações elevem o número para 37, no meio de críticas à ação policial marroquina e à exigência de uma investigação.
“Esta tragédia sublinha o porquê de precisarmos de rotas seguras”
Na sexta-feira, cerca de 2.000 migrantes de origem subsaariana tentaram entrar ilegalmente em Melilla saltando a vedação de Nador (Marrocos) e 133 conseguiram passar para território espanhol. O número de vitimas mortais apresentados pelas organizações de defesa dos direitos humanos diferem dos das autoridades marroquinas, que indicaram 23 mortos, com a Associação Marroquina dos Direitos Humanos a colocar o total de mortos em 27, enquanto a organização não-governamental Caminhando Fronteiras indica 37 óbitos. No lado marroquino foram detidas cerca de mil pessoas, segundo as autoridades de Marrocos citadas pela agência de notícias espanhola EFE.
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