China mantém taxa de juro de referência em 3,1% pelo sexto mês consecutivo

O Banco Popular da China (banco central) anunciou que vai manter a taxa de juro de referência em 3,1%, pelo sexto mês consecutivo, indo assim ao encontro das expectativas dos analistas

China mantém taxa de juro de referência em 3,1% pelo sexto mês consecutivo

Na sua atualização mensal, a instituição indicou que a taxa de juro de referência a um ano (LPR, na sigla em inglês) se manterá a esse nível pelo menos até ao final de abril.

Este indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, é utilizado para fixar o preço dos novos empréstimos – geralmente destinados às empresas – e dos empréstimos a taxa variável que estão a ser reembolsados.

É calculado com base nas contribuições de preços de um conjunto de bancos – incluindo pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a crédito malparado – e tem como objetivo baixar os custos dos empréstimos e apoiar a “economia real”.

A última redução foi em outubro do ano passado, quando o banco central a reduziu em 25 pontos de base, para 3,35%.

A instituição também indicou hoje que a taxa de juro a mais de 5 anos – a referência para os empréstimos hipotecários – se manterá em 3,6%, também em conformidade com as previsões dos analistas. A última descida ocorreu em outubro, também em 25 pontos de base, para 3,85%.

Embora tenha crescido 5% em 2024, a segunda maior economia mundial continua a enfrentar um débil consumo interno e uma profunda crise imobiliária, pelo que as autoridades anunciaram a primeira alteração da política monetária em 14 anos, passando de uma posição “cautelosa” para uma “moderadamente flexível”.

Apesar de um ambiente internacional “cada vez mais complexo” após o regresso de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, as autoridades chinesas voltaram a estabelecer 5% como meta de crescimento económico em 2025 e anunciaram medidas como a expansão do défice e uma política orçamental “mais proativa” que permitiria um “apoio sustentado e mais eficaz”.

 

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By Impala News / Lusa

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