Chega está contra o Programa de Estabilidade, admite voto de rejeição e diz à AD para se entender com PS
O presidente do Chega manifestou-se hoje contra o Programa de Estabilidade (PE) 2024-2028 do Governo, admitiu avançar com um voto de rejeição ao documento e sugeriu à AD que procure nesta matéria um entendimento com o PS.
Estas posições foram transmitidas por André Ventura no parlamento, numa conferência de imprensa em que também condenou o recente caso ocorrido no Governo em que a ex-deputada social-democrata Patrícia Dantas renunciou às funções de adjunta do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, por estar acusada de fraude fiscal.
De acordo com André Ventura, o Programa de Estabilidade que o Governo entregou no parlamento, na segunda-feira, “é essencialmente fruto do trabalho do PS e, como tal, o Chega desvincula-se dele, já que sempre o criticou”.
“Este PE condensa o essencial — até com previsões em baixa em matéria de saldo orçamental e de crescimento — em relação àquilo que o próprio Governo da AD (Aliança Democrática) tinha no seu programa eleitoral. O Chega desvincula-se do PE porque é o repositório do que foi o PS nesta matéria. Portanto, espero que a AD encontre no PS o seu parceiro para votar este programa e não esteja à espera do voto do Chega”, declarou.
Em relação aos votos de rejeição já anunciados pelo Bloco de Esquerda e PCP ao PE apresentado pelo Governo, André Ventura disse que o seu partido ainda não definiu a sua posição face a essas duas iniciativas. E admitiu que o próprio Chega poderá apresentar também um voto de rejeição ao Programa de Estabilidade.
“O Chega não vai viabilizar o Programa de Estabilidade, o Chega rejeita-o. Por isso, é de elementar bom senso que a AD procure entender-se com o PS. Espero que, para a semana, não se crie na Assembleia da República uma nova situação de impasse”, advertiu.
PMF // SF
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By Impala News / Lusa
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