CDU desceu Santa Catarina a criticar quem anda em campanha com “figurões da UE”

O cabeça de lista da CDU às Europeias, João Oliveira, desceu hoje a rua de Santa Catarina, Porto, a criticar “quem anda a fazer campanha com figurões da UE”, considerando que protagonizaram políticas de degradação das condições do povo e do país.

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Poucos minutos antes de, em sentido contrário, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descer a rua de Santa Catarina em sentido contrário, integrada na campanha da Aliança Democrática (AD), João Oliveira e Paulo Raimundo fizeram a tradicional arruada rodeados por balões e bandeiras da CDU.

Acompanhados por centenas de militantes – entre os quais o deputado Alfredo Maia, assim como o historiador Manuel Loff, entre outros ex-deputados e eurodeputados da CDU -, João Oliveira e Paulo Raimundo foram entoando cânticos como “paz sim, guerra não”, “a CDU avança, com toda a confiança” ou “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais”.

A meio do trajeto, um ex-combatente da guerra colonial dirigiu-se a João Oliveira para criticar o esquecimento a que considerou estar sujeito, com o cabeça de lista da CDU a defender que a coligação tem procurado dar melhores condições a quem combateu “numa guerra que não era sua”.

Mais adiante, o cabeça de lista da CDU voltou a ser interpelado por uma pensionista, que lhe que disse que é preciso aumentar as pensões, com o candidato a responder que essa é uma das lutas.

No final do percurso, João Oliveira subiu a um palanque para salientar que não “deixa de ser significativo que outras forças políticas preferiram, ao longo da campanha eleitoral, desfilar ao lado dos figurões da União Europeia”.

Para João Oliveira, esses figurões “são os protagonistas da degradação das condições de vida, que têm imposto a dependência externa de Portugal, que impõem a contenção dos salários e o aumento das taxas de juro”.

“E também aí se faz o contraste: enquanto hoje, nas ruas desta cidade, teremos forças políticas a desfilarem ao lado da presidente da Comissão Europeia (…), estivemos nós ao lado de ex-presos políticos, de resistentes antifascistas, que deram combate ao fascismo, à extrema-direita, abrindo a Portugal a perspetiva da conquista da liberdade e da democracia que alcançámos com o 25 de Abril”, disse.

Neste discurso, João Oliveira voltou a apelar à mobilização do eleitorado da CDU, defendendo que é preciso perguntar a cada um “de que é que lhes serviu o voto” noutras forças políticas nas últimas eleições europeias, em 2019.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, também se dirigiu às centenas de militantes que acompanharam a arruada para lhes deixar uma palavra de coragem “para enfrentar aqueles que se acham donos do país e da Europa” e para “salvar a Europa da hipocrisia e do cinismo”.

“Para defender os fortes, não é preciso coragem, é preciso é vergar, ajoelhar e submeter-se aos interesses dos poderosos. Coragem é preciso para defender os fracos, e coragem é coisa que não falta aqui na CDU”, disse.

Por outro lado, o líder do PCP pediu também aos militantes que tenham “confiança no povo, nos trabalhadores, nas mulheres”, salientando que a “verdade e a razão, mais cedo ou mais tarde”, vai permitir retomar o caminho do 25 de Abril, “para responder às necessidades da maioria”.

Por último, Paulo Raimundo pediu-lhes que se mobilizem para convencerem as pessoas a irem votar no domingo na CDU, mesmo quem votou noutras forças políticas nas últimas eleições, para garantir que a coligação fica no Parlamento Europeu “com mais força e determinação”.

TA // JPS

By Impala News / Lusa

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