CDU critica posições “oportunistas e de circunstância” de direita e PS sobre IRS

O cabeça de lista da CDU às europeias criticou hoje as posições “oportunistas e de circunstância” da direita e do PS sobre IRS, considerando que “mudam de opinião consoante o sentido do vento” e não são “merecedores de confiança”.

CDU critica posições

Em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma pedreira em Peroselo de Penafiel, no distrito do Porto, João Oliveira disse esperar que os portugueses “não se deixem enganar por quem vende gato por lebre”, referindo-se à aprovação, hoje na especialidade, de um diploma do PS sobre IRS e do chumbo das propostas do PSD e CDS sobre o mesmo tema.

O cabeça de lista da CDU criticou quem “ontem votava propostas de uma maneira exatamente no sentido oposto e hoje, por motivos oportunistas ou de circunstância, votava ao contrário do que foram as suas posições, do que sempre defendeu, não são forças de política de confiança”.

Questionado sobre quem é que estava a visar, João Oliveira disse que estava a referir-se a “todos aqueles que vão mudando de opinião consoante o sentido para onde sopra o vento”, considerando que não “são merecedores de confiança”.

“Eu julgo que é preciso que os portugueses separem o trigo do joio e separem quem muda de posições em função do sítio para onde sopra o vento, seja nas questões do IRS, da habitação ou da saúde”, disse.

O candidato pediu que se olhe para as votações dos vários partidos perante umas propostas que o PCP apresentou na legislatura passada sobre IRS, e que “apontavam exatamente em sentido coincidente com propostas que estão agora a ser discutidas”, e se “vá ver quem é que as chumbou”.

“Vão ver onde é que andava o PS, o Chega, o PSD, a Iniciativa Liberal (IL) a votar essas propostas naquela altura”, afirmou, contrapondo que a CDU teve sempre coerência sobre esta matéria e “fugiu aos oportunismos de circunstância”.

Já questionado sobre o sentido de voto do Chega – que votou a favor da proposta do PS e contra a do PSD e CDS -, João Oliveira considerou que são “opções de circunstância e de oportunismo”.

“Olhe-se para as posições do Chega, para que o escreve, diz e vota desde que começou a ter responsabilidades na Assembleia da República, olhe-se para o que os dirigentes atuais do Chega diziam quando andavam no PSD ou no CDS, para se perceber que o Chega não inspira confiança a ninguém”, disse.

Para João Oliveira, o Chega “diz aquilo que, em função das circunstâncias, é mais conveniente de ouvir, e as pessoas percebem que quem diz aquilo que diz em função da circunstância e que, mudando a circunstância, pode dizer uma coisa completamente diferente, não é merecedor de confiança”.

Interrogado sobre as declarações do primeiro-ministro de que a oposição está com “azedume e mau humor político”, João Oliveira respondeu que Montenegro “defende uma política que não serve às pessoas” e tem de “encontrar forma de justificar ou ocultar as suas opções políticas”.

“Portanto, não vale a pena o Governo utilizar desculpas esfarrapadas para ocultar as suas próprias responsabilidades e as suas opções políticas que não servem ao povo nem ao país”, disse.

Nestas declarações aos jornalistas, João Oliveira foi ainda questionado sobre as declarações do histórico líder do Bloco de Esquerda (BE) Francisco Louçã, que considerou num comício que o seu partido é o único à esquerda que está em condições de disputar a eleição do segundo eurodeputado.

“Discordo. A CDU está a lutar pela eleição do segundo deputado, pela eleição da Sandra Pereira, que é uma deputada reconhecidíssima no Parlamento Europeu pelo trabalho importantíssimo que tem feito”, respondeu.

TA // ACL

By Impala News / Lusa

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