Câmara do Porto vai hastear oficialmente bandeira arco-irís
A Câmara do Porto vai hastear oficialmente a bandeira arco-íris no dia 17 de maio, no âmbito das celebrações do Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia.

O anúncio foi feito pelo vereador do BE, Sérgio Aires, que apresentou uma recomendação para assinalar o dia 17 de maio durante a reunião privada do executivo.
A proposta de recomendação, apresentada todos os anos pelo BE, para que fosse hasteada a bandeira arco-íris e projetadas as cores no edifício da câmara, acabou por ser retirada.
À margem da reunião, Sérgio Aires esclareceu que foi solicitada a compreensão do partido para o facto de 17 de maio ser dia de reflexão, uma vez que as eleições legislativas decorrem no dia seguinte.
“Compreendemos e relativamente à projeção das cores estivemos de acordo que fosse retirado”, referiu, acrescentando que será hasteada oficialmente a bandeira.
“O senhor presidente garante que a bandeira é hasteada oficialmente. Foram precisos quatro anos, mas finalmente vamos ter uma cerimónia oficial da Câmara Municipal do Porto”, acrescentou.
No ano passado, a fachada dos Paços do Concelho esteve iluminada de 16 para 17 de maio com as cores da bandeira arco-íris para assinalar o Dia da Luta contra a Homofobia.
Já no dia 17 de maio do ano passado, a autarquia hasteou a bandeira LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e intersexo) num mastro colocado na praça em frente ao edifício, tal como sucedeu em 2023.
A Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto (COMOP) promove no dia 17 um arraial, no Largo Amor de Perdição, uma “festa popular e associativa” que diz ser “um prolongamento da manifestação e um espaço de utilidade pública de extrema importância, pois permite a visibilidade das organizações que anualmente que fazem trabalho meritório junto das populações marginalizadas”.
Entretanto, a Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto convocou, em articulação com o Movimento Abril, uma manifestação para dia 10 de maio, a partir das 15:00, no Jardim do Marquês, uns dias antes das eleições legislativas.
“Os nossos direitos não deviam estar em risco a cada eleição”, referiu, em comunicado, acrescentando: “num momento em que assistimos a graves retrocessos nos direitos humanos, em que a agenda queer, feminista, antirracista e em defesa da população migrante é invisibilizada e atacada, afirmamos: não nos calaremos”.
SPC // LIL
By Impala News / Lusa
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