Brasil disponível a ajudar Equador na luta contra o crime organizado
O Presidente brasileiro, Lula da Silva, comunicou hoje ao seu homólogo equatoriano, Daniel Noboa, a disposição em ajudar o Equador através “de ações de cooperação em inteligência e segurança”, indicou a presidência brasileira.
Este anúncio foi feito durante uma conversa telefónica entre os dois líderes, na qual, segundo a presidência brasileira, Lula da Silva “ouviu de Noboa uma análise sobre o enfrentamento ao narcotráfico e ao crime organizado naquele país”.
Lula da Silva mostrou-se solidário com Noboa e “indicou a disposição do Brasil em ajudar o Equador, inclusive por meio de ações de cooperação em inteligência e segurança”, frisando ainda que a luta contra o crime organizado é também um desafio do Brasil.
Os dois líderes sul-americanos sublinharam a importância do continente estar unido no combate ao crime organizado.
Considerado um país relativamente seguro, o Equador tem estado mergulhado na violência nos últimos cinco anos, num contexto de abrandamento económico e de empobrecimento na sequência da pandemia da covid-19, e com a taxa de homicídios a passar de seis para 46 por 100 mil habitantes, no ano passado.
Situado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína, o Equador esteve durante anos ao abrigo da violência associada ao tráfico de droga.
Mas, de simples país de trânsito, passou a ser um centro de operações e de logística para o transporte de cocaína para a Europa. Cerca de 20 gangues estão a impor a lei, nomeadamente a partir das prisões.
Em 09 de janeiro, homens armados invadiram a televisão pública TC, fazendo reféns jornalistas e funcionários, ao vivo, antes de a polícia conseguir intervir, libertar os reféns e deter 13 assaltantes.
Oito dias mais tarde, César Suarez, o procurador encarregado de investigar este ataque, foi morto a tiro, em pleno dia, no centro de Guayaquil (sudoeste).
O Presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou o estado de emergência e declarou o país “em guerra interna” contra os gangues, qualificados de “terroristas”, colocando no terreno mais de 20 mil efetivos.
MIM (EJ) // MLL
By Impala News / Lusa
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