Biden anuncia em Luanda 949 MEuro de ajuda humanitária a África
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou hoje, num discurso em Luanda, “mais de mil milhões de dólares (949 milhões de euros) em nova assistência humanitária para os africanos deslocados por secas históricas” e afetados pela fome.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) detalhou num comunicado que se trata de “assistência adicional para fazer face à insegurança alimentar e outras necessidades urgentes dos refugiados e deslocados” em 31 países do continente.
O financiamento inclui cerca de 823 milhões de dólares através da USAID e cerca de 186 milhões de dólares através do Departamento de Estado, acrescenta-se no comunicado, salientando que África é a região “onde a percentagem da população que sofre de fome é mais elevada”.
Conflitos armados, fenómenos meteorológicos extremos e catástrofes naturais estão a contribuir para esta situação, e a promessa de ajuda “demonstra mais uma vez” o “firme compromisso” de estar ao lado dos parceiros africanos dos Estados Unidos para “enfrentar o desafio da insegurança alimentar”, lê-se no comunicado, que apela à generosidade de outros doadores.
Em 2024, os Estados Unidos forneceram quase 6,6 mil milhões de dólares em ajuda humanitária à África Subsaariana, mas são necessários mais fundos “para satisfazer necessidades críticas e crescentes”, insiste a USAID.
Joe Biden, o primeiro Presidente dos Estados Unidos a visitar Angola, chegou no final do dia de segunda-feira a Luanda onde hoje se reuniu com o seu homólogo angolano, João Lourenço, e fez uma visita ao Museu da Escravatura, onde discursou.
O Presidente cessante dos Estados Unidos deverá deslocar-se na quarta-feira ao Lobito, que vai acolher uma cimeira internacional sobre o Corredor do Lobito, infraestrutura que conta com investimentos significativos dos Estados Unidos e da União Europeia, e que vai permitir a ligação do porto da cidade angolana à República Democrática do Congo e à Zâmbia.
Este grande projeto de infraestruturas destina-se a afirmar as ambições de Washington face à China no continente, a poucas semanas da tomada de posse do seu sucessor Donald Trump, em 20 de janeiro.
EL // ANP
By Impala News / Lusa
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