Apenas um terço dos eleitores votou nas presidenciais quenianas

A Comissão Eleitoral queniana indicou que cerca de 6,5 milhões de eleitores, cerca de um terço dos registados, votou na repetição das eleições presidenciais de quinta-feira no Quénia, boicotadas pela grande coligação da oposição.

Apenas um terço dos eleitores votou nas presidenciais quenianas

A Comissão Eleitoral queniana indicou hoje que cerca de 6,5 milhões de eleitores, cerca de um terço dos registados, votou na repetição das eleições presidenciais de quinta-feira no Quénia, boicotadas pela grande coligação da oposição.

A taxa de participação na votação foi substancialmente inferior à registada nas eleições realizadas a 08 de agosto último (80%), que viriam a ser anuladas a 01 de setembro pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) queniano, após confirmadas inúmeras irregularidades, decisão inédita no continente africano.

Segundo o presidente da Comissão Eleitoral, Wafula Chebukati, a taxa foi calculada com base em resultados preliminares de 267 das 290 circunscrições existentes no país.

Por outro lado, as autoridades quenianas adiaram para sábado a votação em numerosos condados, devido ao boicote da oposição e a ações de opositores que impediram a abertura de mesas de voto.

Chebukati não adiantou quaisquer resultados oficiais da votação e nem indicou quando serão conhecidos os primeiros dados. No escrutínio de agosto, ganho pelo presidente cessante, Uhuru Kenyatta, com pouco mais de 54% dos votos, o líder da oposição, Raila Odinga, liderou a contestação à atuação da Comissão Eleitoral, depois de terem sido detetadas irregularidades, entre outras, na transmissão de dados para o departamento de contagem final de votos.

Esta razão levou Odinga a exigir reformas na Comissão Eleitoral, condicionando a participação na repetição das eleições a alterações profundas na entidade que organizou o escrutínio, mudanças que Kenyatta recusou proceder.

Na sequência, Odinga anunciou a retirada da corrida presidencial e apelou ao boicote às eleições de quinta-feira e à realização de manifestações em todo o país, razão pela qual analistas citados pela agência AP consideram estar na base de baixa taxa de participação.

Ao longo de todo o dia de quinta-feira, a polícia reportou atos de violência em 47 zonas do país, de que resultaram, pelo menos, quatro mortos, enquanto há também relatos de que as urnas não chegaram a 190 assembleias de voto na região de Kisumu, bastião da oposição a Kenyatta situado no oeste do país, segundo o diretor regional da Comissão Eleitoral na cidade.

Kenyatta, pouco depois de votar, prometeu que tudo fará para promover a unidade nacional se for reeleito, pondo de lado as lealdades étnicas do passado.

“O que temos é um problema de tribalismo e o tribalismo é um tema com que temos de continuar a lidar e, ao mesmo tempo, combater à medida que vamos desenvolvendo o país. Não podemos alcançar os nossos objetivos se continuarmos a embarcar em políticas tribalistas”, afirmou Kenyatta.

Por seu lado, Odinga passou o dia em Luo, leste do país, tendo afirmado que todos os dirigentes políticos que o apoiam, junto com a população, vão continuar a pressionar o regime de Kenyatta para garantir a democracia no Quénia enquadrados num “movimento de resistência”.

Esse “movimento” acrescentou, vai fazer pressão junto do Governo e da comunidade internacional para restaurar a democracia no Quénia, e criar uma “Assembleia Popular” para levar o país a realizar eleições presidenciais “livres, justas e credíveis”.

A “resistência”, acrescentou Odinga, vai passar também pelo boicote a todos os bens e serviços a quem apoia ou apoiou Kenyatta.

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