Antiga presidente do Brasil pede apoio a Espanha para libertar Lula da Silva
A antiga presidente do Brasil acusa o presidente Jair Bolsonaro de um golpe de estado.
A antiga Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, pediu este domingo, 29 de setembro, o apoio dos partidos políticos, sindicatos e sociedade civil espanhola para conseguir a libertação do ex-Presidente Lula da Silva e acusou o atual Governo de manipular a verdade.
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«Lula é inocente … Nesta democracia, a primeira vítima é a verdade», afirmou Dilma Rousseff durante a sua participação nas comemorações do 130.º aniversário da UGT em Madrid, onde protagonizou uma demonstração de apoio a Lula da Silva. Dilma Rousseff agradeceu o apoio da UGT – União Geral dos Trabalhadores e do seu secretário-geral, Pepe Álvarez, que tem agendada uma visita, em 10 de outubro, a Lula da Silva, na prisão.
Antiga Presidente acusa Bolsonaro de «golpe de Estado»
A antiga Presidente brasileira reiterou que o Presidente Jair Bolsonaro participou num golpe de Estado disfarçado, face a um possível retorno de Lula da Silva ao poder, apesar de «não ter havido tanques nas ruas». O golpe de Estado de Bolsonaro foi feito com ataques «progressivos à democracia, ao sistema judicial e ao sistema parlamentar», defendeu.
«Estamos perante um padrão diferente de golpe de Estado, com outra forma e outra ação», disse, alertando para que o Brasil está a presenciar o emergir do neofascismo e da agenda neoliberal. Rousseff acusou também o atual Governo de não proteger os direitos dos trabalhadores e de se dedicar a fazer reformas laborais «duras» e «a desnacionalizar» as empresas públicas.
Dilma Rousseff: «O Brasil sem a Amazónia não é o Brasil»
Segundo Dilma Rousseff, Bolsonaro quer vender a Petrobras, empresa que, na sua opinião, é «a joia da coroa do Brasil», já que conseguiu produzir tecnologia própria para extrair petróleo de alta qualidade, sublinhando que isso aconteceu durante o seu mandato e o de Lula da Silva. Rousseff também acusou Bolsonaro de «destruir deliberadamente» a Amazónia para «vender madeira» e lembrou que «o Brasil sem a Amazónia não é o Brasil».
A vice-primeira-ministra espanhola, Carmen Calvo, que encerrou as jornadas de aniversário da UGT, admitiu que o Governo de Madrid está «preocupado com o progresso dos discursos da extrema direita em todos os países do mundo e também no Brasil». Carmen Calvo desejou à antiga Presidente do Brasil «muita sorte e muito ânimo para o trabalho que faz no seu país».
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