Novo adjunto de ministra não tem experiência profissional e irá ganhar quase 4000 euros

Ministra Mariana Vieira da Silva contrata jovem de apenas 21 anos, recém-licenciado e sem experiência profissional. Salário de 4000 euros está a gerar revolta.

Novo adjunto de ministra não tem experiência profissional e irá ganhar quase 4000 euros

Chama-se Tiago Alberto Ramos Cunha e é o novo adjunto da ministra da Presidência. O jovem nascido no Porto irá auferir um ordenado que ronda os 4000 euros brutos mensais. De acordo com o despacho publicado na passada segunda-feira em Diário da República, Tiago Cunha concluiu este ano a licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto.

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O protagonista de uma contratação que está a ser descrita como polémica ainda não concluiu o mestrado e não tem qualquer experiência profissional. Outro dos ingredientes que adensam a controvérsia é o facto de Tiago Cunha ir auferir um salário bastante elevado. O novo adjunto irá receber 3732,76 euros brutos (2256,70 euros líquidos) até ao fim do atual mandato do Governo, ou seja, até ao terceiro trimestre de 2026. Apesar de não ter qualquer experiência profissional, Tiago Cunha é militante na Juventude Socialista e já marcou presença em diversos congressos do partido. Em fevereiro foi eleito coordenador dos estudantes e da Educação dos Jovens Socialistas Europeus. Nas últimas Eleições Autárquicas foi 32º na lista do PS à Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia. Acabou por ser eleito para membro do partido na Assembleia de Freguesia de Vilar de Andorinho, no concelho de Vila Nova de Gaia.

“Filiação partidária no Partido Socialista nunca foi critério de recrutamento”

De acordo com uma nota que o ministério enviou ao JN, esta contratação teve por base a “adequação do perfil do nomeado à natureza das funções do gabinete, nos termos da lei e com pela observância das regras aplicáveis, incluindo a remuneração, seguindo princípio que para trabalho igual salário igual, independentemente da idade”. É explicado ainda que “a filiação partidária no Partido Socialista nunca foi critério de recrutamento”.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Reprodução Facebook

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