Lei proíbe Diana Fialho de receber herança pela qual matou a mãe

Diana Fialho, adotada aos 5 anos por Amélia, tinha um historial de má relação com a mãe e a professora já tinha ameaçado deserdá-la

Lei proíbe Diana Fialho de receber herança pela qual matou a mãe

Terá sido a herança a derradeira motivação de Diana Fialho, de 23 anos, para matar a mãe, Amélia Fialho, de 59 anos.  A pré existência de quezílias entre mãe e filha ajudaram as autoridades a desvendar o caso em apenas dois dias.

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Em 2014, a PSP do Montijo já tinha sido chamada a casa da família Fialho por alegadas agressões da filha adotiva à professora. Apesar de Amélia ter pago a lua-de-mel do casal de assassinos e estes viverem em casa dela, Amélia Fialho tinha ameaçado a filha em como a ia deserdar após anos de mau relacionamento.

Diana Fialho e Iuri Mata tinham recentemente voltado de lua-de-mel e por estes dias parecia reinar a paz naquela casa. No entanto, Diana já estaria a planear a morte da própria mãe, com a ajuda do marido.

Ao fazê-lo, manteria o património de Amélia em seu nome. O duplex onde viviam os três no Montijo, uma outra casa que está alugada, uma casa de férias, dois carros e as contas bancárias.

Mas, e segundo a lei portuguesa, Diana não receberá nada. Em declarações ao Correio da Manhã, o professor universitário Rui Pereira, explicou: «Oartigo 2034 refere explicitamente que quem for condenado como autor ou cúmplice de homicídio, com dolo, como é o caso, é afastado da sucessão [herança] por indignidade. Não é uma pena acessória. É automático.»

Para já, não se conhecem outros familiares a Amélia Fialho. A mãe terá morrido há cerca de 10 anos e não se sabe se Diana terá ou não tido uma figura parental ao longo da vida com a mãe adotiva.

Os dois suspeitos foram detidos na madrugada de sexta-feira, cerca das 02:00, e as autoridades acreditam que o crime foi cometido no sábado. Drogaram Amélia, deixaram-na adormecer e agrediram-na na cabeça com um martelo. Enrolaram-na numa manta e desceram até à garagem e elevador, arrastando o corpo, colocando-o depois na bagageira do carro.

Levaram depois o corpo para uma zona descampada em Pegões, onde regaram o cobertor e o corpo com gasolina. Pelo caminho, terão parado para comprar a gasolina e o isqueiro que usaram para incendiar o corpo.

Os dois suspeitos vão aguardar julgamento nos estabelecimentos prisionais de Tires e do Montijo, respetivamente.

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