Incêndios: Fogo de Vila Pouca de Aguiar está a ceder aos meios

O incêndio que deflagrou pelas 17:14 de quarta-feira numa zona de pinhal em Revel, em Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, está a ceder aos meios, segundo disse o comandante dos bombeiros.

Incêndios: Fogo de Vila Pouca de Aguiar está a ceder aos meios

“Tínhamos uma frente com muita intensidade que se repartiu em três frentes distintas. A parte mais ativa já está dominada. Temos um flanco ainda um bocado ativo que está numa zona de difícil acesso”, afirmou o comandante dos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar, Hugo Silva, no combate a um de muitos incêndios que ainda assolam o País. Esta zona, acrescentou, é mais rochosa e ali estão a ser reposicionados meios para combater e extinguir também aquele flanco.

Nas primeiras horas do incêndio verificaram-se no terreno rajadas de vento superiores a 60 quilómetros hora. “O incêndio estava com uma progressão fora da nossa capacidade de extinção, mesmo os meios aéreos tiveram muita dificuldade em efetuar descargas à cabeça. Mas agora com a entrada da noite a meteorologia está a evoluir favoravelmente e, nas próximas horas, acredito que tenhamos o incêndio dominado”, salientou. O fogo iniciou numa área de pinhal e de “forma muito violenta”.

O incêndio ameaçou a aldeia de Figalhosa, numa altura em que os bombeiros já ali estavam posicionados e os meios aéreos também atuaram no local. Chegaram a operar neste teatro de operações seis meios aéreos ao final da tarde. As chamas progrediram em direção a Revel, mas segundo Hugo Silva, os operacionais conseguiram “cortar o incêndio muito antes de chegar à aldeia”. Até ao momento arderam cerca de 270 hectares.

O alerta para o fogo foi dado às 17:14 e em pouco tempo verificou-se uma grande mobilização de meios para esta ocorrência que, segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil mobilizava, pela 01:00, 241 operacionais e 71 viaturas. Segundo o comandante, os operacionais vão manter-se no terreno em trabalhos de rescaldo e de vigilância.

O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, mostrou-se preocupado e disse que este incêndio que atravessou o rio Tinhela está a avançar para a zona de Jales. Este é o segundo grande incêndio no espaço de uma semana neste concelho. O fogo que deflagrou no dia 17 de julho, em Cortinhas, Murça, evoluiu para Vila Pouca de Aguiar e queimou, neste município, cerca de 3.000 hectares de pinhal, mato, soutos, vinha e pastos.

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