Frelimo pede ao Governo moçambicano para reforçar assistência às vítimas do ciclone Jude

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, pediu hoje ao Governo para reforçar a assistência às populações afetadas pelo ciclone tropical Jude, que atingiu na segunda-feira o país e já matou seis pessoas.

Frelimo pede ao Governo moçambicano para reforçar assistência às vítimas do ciclone Jude

“Reitera-se o apelo ao Governo, através do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), no reforço de assistência às populações afetadas e na implementação de medidas de segurança”, apelou Ludmila Maguni, porta-voz da Comissão Política da Frelimo, em declarações à imprensa ao fim de uma sessão do órgão.

A Comissão Política da Frelimo pediu ainda solidariedade dos moçambicanos para com as vítimas do ciclone Jude.

Pelo menos seis pessoas morreram, 20 ficaram feridas e outras 9.525 foram afetadas pelo ciclone Jude nas províncias de Nampula e Niassa, no norte de Moçambique, e Zambézia, no centro do país, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).

Até terça-feira, o Jude tinha afetado também 17.401 alunos, 264 professores, 59 escolas e 181 salas de aula, todos os dados correspondentes às províncias de Nampula e Niassa, no Norte de Moçambique, e Zambézia, no centro do país.

O ciclone tropical entrou em Moçambique na madrugada de segunda-feira, com ventos de 140 quilómetros por hora e rajadas até 195 quilómetros por hora, disse à Lusa Manuel Francisco, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) de Moçambique.

Logo após a entrada no país, o ciclone “voltou ao estágio de tempestade tropical severa e nos próximos dois dias [terça-feira e hoje] poderá variar entre tempestade moderada e severa”, disse o meteorologista.

Moçambique está em plena época chuvosa, que decorre entre outubro e abril, período em que foram já registados os ciclones Chido e Dikeledi, que afetaram igualmente o norte do país.

Os ciclones atingiram Moçambique entre dezembro do ano passado e janeiro último, com maior impacto nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, tendo afetado cerca de 736.000 pessoas e causado a destruição de infraestruturas públicas e privadas.

Eventos extremos, como ciclones e tempestades, provocaram pelo menos 1.016 mortos em Moçambique entre 2019 e 2023, afetando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O país africano é considerado um dos mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, mas também períodos prolongados de seca severa.

PME(LN)// MLL

By Impala News / Lusa

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