Exército filipino mata nove alegados militantes muçulmanos
O exército filipino matou nove alegados militantes muçulmanos no sul do país, incluindo dois suspeitos de um atentado no mês passado, que deixou quatro cristãos mortos, adiantaram hoje as forças armadas do país.
Durante a operação, contra o Dawlah Islamiyah, um pequeno grupo alinhado com o Estado Islâmico, na aldeia interior de Taporug, perto da cidade de Piagapo, na província de Lanao del Sur, quatro operacionais do exército ficaram ligeiramente feridos, adiantou o porta-voz do exército, coronel Louie Dema-ala, citado pela Associated Press.
As forças armadas entraram em confronto com cerca de 15 militantes numa série de tiroteios entre quinta e sexta-feira, depois de alguns habitantes da zona terem avisado os militares da sua presença, indicou Dema-ala, acrescentando que os militantes sobreviventes escaparam e estavam a ser perseguidos.
Por sua vez, o major-general Gabriel Viray III, comandante da divisão de infantaria do exército, indicou que os militantes recuaram, face à troca de tiros, até ficarem encurralados numa casa rural, onde tentaram ripostar antes de serem abatidos.
“Apelamos à comunidade para que se mantenha vigilante e colabore com o exército e as autoridades governamentais, enquanto trabalhamos coletivamente para eliminar a ameaça representada pelos grupos terroristas locais”, declarou o exército em comunicado.
Oito dos nove corpos foram identificados, segundo o exército, incluindo os de Saumay Saiden e Abdul Hadi, que estavam entre os suspeitos do atentado bombista de 03 de dezembro que matou quatro fiéis cristãos e feriu dezenas de outros durante a missa dominical num ginásio de uma universidade estatal no sul da cidade de Marawi, acrescentou.
Hadi terá montado a bomba, disse Dema-ala aos jornalistas.
Um vídeo filmado depois da operação, que um funcionário dos serviços secretos do governo mostrou à Associated Press, mostrava nove corpos deitados lado a lado perto de um amontoado de cabanas rurais rodeadas de bananeiras, enquanto os oficiais do exército examinavam cada um deles.
O chefe do estado-maior militar, general Romeo Brawner, afirmou que “esta operação estabelece um precedente claro: as Forças Armadas das Filipinas não tolerarão aqueles que põem em perigo a vida e o bem-estar do povo”.
A região de Mindanau, no sul das Filipinas, é a pátria da minoria muçulmana e tem sido palco de rebeliões separatistas há décadas.
O atentado bombista na cidade de Marawi, em dezembro, foi o mais sangrento relacionado com a insurreição, durante o mandato do Presidente Ferdinand Marcos Jr., que culpou “terroristas estrangeiros” pelo ataque.
ALN // ZO
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram