Wall Street fecha semana de recordes com novo máximo do Dow Jones

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje outra semana de recordes, com novo máximo do Dow Jones, devido à esperança dos investidores em que a economia consiga o feito raro de suprimir uma inflação elevada sem passar por uma recessão.

Wall Street fecha semana de recordes com novo máximo do Dow Jones

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average subiu 0,33%, para um novo recorde, nos 42.313 pontos, ao passo que o alargado S&P500 baixou 0,13% do máximo que tinha estabelecido na véspera e o tecnológico Nasdaq recuou 0,39%.

Durante a maior parte da sessão, a tendência foi de subida, mas o Nasdaq inverteu o rumo e arrastou consigo o S&P500.

Esta inversão deveu-se, segundo Angelo Kourkafas, da Edward Jones, a uma informação da agência Bloomberg segundo a qual as autoridades chinesas estão a procurar dissuadir as empresas do país de comprar os semicondutores fabricados pela Nvidia.

Desta forma, o governo chinês pretende estimular a indústria chinesa de semicondutores e reposicioná-la na corrida à inteligência artificial.

A Nvidia sofreu com a notícia e fechou a perder 2,13%, desvalorização esta que se estendeu a pares, como a Micron (-2,17%) e Marvell Technologies (-3,35%).

A inversão de rumo apresentada por alguns dos ‘pesos pesados’ do Nasdaq mais do que compensou o bom acolhimento bolsista dispensado aos indicadores macroeconómicos do dia.

O índice sobre as despesas pessoais de consumo [PCE, na sigla em Inglês] evidenciou uma baixa, que colocou o crescimento dos preços, nos EUA, em agosto, em termos anuais, em 2,2%, abaixo dos 2,5% do mês anterior.

Este indicador mostrou também um crescimento mensal destas despesas de 0,2%, que é o ritmo mais baixo desde janeiro.

“A inflação deixou de ser o tema central do relatório PCE para a Fed” [Reserva Federal, o banco central dos EUA], realçou Jamie Cox, do Harris Financial Group, passando a ser “o consumo e a saúde da economia”.

Acrescentou ainda que “a FEd teve razão em baixar a taxa de juro em meio ponto” na sua última reunião de política monetária, antevendo mesmo que venha um outro corte: “Estes dados levam a pensar que uma nova redução em meio ponto é provável em novembro”, quando se realiza a próxima reunião do comité de política monetária da Fed.

A praça bolsista beneficiou também, logo na abertura, com a divulgação do índice de confiança dos consumidores, da Universidade do Michigan, que saís com o valor mais alto dos últimos cinco meses.

A retração do Nasdaq foi compensada com a procura pelos investidores dos designados valores mais cíclicos, isto é, teoricamente mais sensíveis à conjuntura, como apontou Angelo Kourkafas.

RN // RBF

By Impala News / Lusa

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