Pagamentos com numerário caem 28% e com cartões sobe 60% em 2022 face a 2017
Os pagamentos com numerário caíram 28% entre 2017 e 2022, enquanto as operações com cartões de pagamento e as transferências subiram 60% e 35%, respetivamente, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal.
A informação consta do estudo sobre os custos dos instrumentos de pagamento de retalho publicado pelo regulador, que indica que os agentes económicos realizaram 5,7 mil milhões de pagamentos em Portugal em 2022, o que representa um aumento de 2% relativamente a 2017.
O Banco de Portugal indica que cerca de 43% das transações foram efetuadas com numerário, totalizando 2,4 mil milhões de pagamentos.
“Este número traduz um decréscimo de 28% na utilização de numerário em relação a 2017. Em contrapartida, as operações com cartões de pagamento e as transferências (a crédito e imediatas) aumentaram 60% e 35% em relação a 2017, respetivamente”, revela.
Os dados do supervisor bancário revelam que “foram efetuados 2,6 mil milhões de pagamentos com cartões de pagamento e 390 milhões com transferências, valores que correspondem a 46% e a 7% do total, respetivamente”.
Em 2022, as transferências ascenderam a 1.749,8 mil milhões de euros e representaram 86% do valor total dos pagamentos, mais quatro pontos percentuais (pp.) do que em 2017.
Segundo o Banco de Portugal, os débitos diretos e os cartões de pagamento foram responsáveis por 2% e 6% do valor dos pagamentos em 2022.
Contudo, “o numerário foi o instrumento mais utilizado para realizar pagamentos de valor reduzido”, ainda que tenha representado apenas 1% do valor total de pagamentos efetuados em 2022.
Já “os cheques foram o instrumento cuja utilização mais diminuiu em valor entre 2017 e 2022: em média, 8% ao ano”.
“Ainda assim, representaram 4% do valor total dos pagamentos em 2022”.
AAT // MSF
By Impala News / Lusa
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