Mário Centeno defende injeção repartida entre público e privado na TAP

O ministro das Finanças defendeu hoje que uma injeção repartida entre o acionista privado e o Estado seria “a forma mais tranquila de conversar” sobre uma capitalização da TAP.

Mário Centeno defende injeção repartida entre público e privado na TAP

O ministro das Finanças, Mário Centeno, defendeu hoje que uma injeção repartida entre o acionista privado e o Estado seria “a forma mais tranquila de conversar” sobre uma capitalização da TAP, empresa impactada pela pandemia de covid-19.

Questionado, em entrevista à TSF, se uma injeção igual entre o acionista privado da TAP (consórcio Atlantic Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa) e o Estado seria o caminho mais adequado para a empresa, Mário Centeno respondeu que “essa seria seguramente a forma mais tranquila de conversar a respeito de uma empresa que é detida pelas duas partes”.

“Seguramente quando temos uma empresa que é detida por vários acionistas, o papel dos acionistas é acudir às empresas quando elas estão em dificuldade”, defendeu o também ministro de Estado, acrescentando que para manter “a estabilidade da governação da TAP […] seria necessário que houvesse uma resposta das duas partes”.

Respondendo sobre se caso o Estado seja obrigado a capitalizar a empresa numa proporção maior que o acionista privado, e se concordava com a afirmação do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, de que “deve ser o povo português a mandar” nesse caso, o ministro das Finanças afirmou que essa “é uma tautologia bastante útil nestes momentos”.

“Se o Estado tiver de ser chamado com responsabilidades financeiras acrescidas, tem que haver um entendimento estratégico e do percurso que a empresa fará com esse dinheiro e com o recurso a esse dinheiro que tem de envolver o Estado”, afirmou o governante com a pasta das Finanças.

Já sobre a nacionalização, Mário Centeno disse não ver, “neste momento, nenhuma empresa que tenha a necessidade imperiosa e inultrapassável” de passar por esse processo.

Na quinta-feira, em entrevista à RTP, o ministro de Estado e das Finanças, já tinha dito que o valor a injetar na TAP, companhia aérea cuja atividade quase parou devido à covid-19, dependerá “da ambição com que toda a intervenção venha a ser desenhada”.

O primeiro-ministro, António Costa, assegurou no mesmo dia que só haverá apoio à TAP com “mais controlo e uma relação de poderes adequada”, mas assegurou que a transportadora aérea continuará a “voar com as cores de Portugal”.

“O Estado não meterá – nem sob a forma de garantia, injeção de capital ou empréstimo – um cêntimo que seja na TAP sem que isso signifique mais controlo e uma relação de poderes adequada a esse apoio que vier a conceder”, garantiu o primeiro-ministro.

Atualmente, devido à pandemia de covid-19, a TAP tem a sua operação suspensa quase na totalidade e recorreu ao ‘lay-off’ simplificado dos trabalhadores.

Desde 2016 que o Estado (através da Parpública) detém 50% da TAP, resultado das negociações do Governo de António Costa com o consórcio Gateway (de Humberto Pedrosa e David Neeleman), que ficou com 45% do capital da transportadora.

Os restantes 5% da empresa estão nas mãos dos trabalhadores.

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