Conselho de Ministros debate hoje respostas ao impacto na economia

O Conselho de Ministros vai hoje discutir o tema das tarifas aduaneiras aplicadas pelo Presidente dos EUA e debater eventuais respostas, depois das reuniões do Governo com associações empresariais, em que foram propostas várias medidas.

Conselho de Ministros debate hoje respostas ao impacto na economia

Fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro disse à comunicação social que a reunião do Conselho de Ministros será centrada no tema das tarifas, após dois dias de reuniões com várias associações, representativas dos vários setores de atividade em Portugal.

O Governo está a preparar um plano “robusto” com medidas para apoio às empresas, disse à Lusa o presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal.

Segundo Mário Jorge Machado, o executivo está “a avaliar a situação com muita atenção” e a “desenhar um plano muito robusto de uma série de medidas para apoiar os setores da indústria, incluindo o têxtil e vestuário”.

“O ministro transmitiu muita confiança de que brevemente vai apresentar um conjunto de medidas bastante abrangentes, desde a parte da formação, internacionalização, ajudas à exportação”, indicou, apontando que as empresas estão “a atravessar um momento muito complexo a nível daquilo que são os bens transacionáveis, nomeadamente aquilo que são bens industriais”.

Já o presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, disse à Lusa que na reunião em que esteve com o Governo foram abordados apoios aos seguros de crédito às exportações e a diversificação dos mercados como resposta às tarifas dos EUA.

Em termos de medidas concretas, o responsável aponta que “houve desde logo uma reação conjunta por parte da Europa”, sendo necessária “diplomacia e negociação, próprio de qualquer guerra seja convencional e comercial”.

Já no plano nacional, foi identificada a “necessidade de reforço dos planos de seguros de crédito às exportações”, tendo em conta que já antes era necessária a internacionalização da economia portuguesa, defende.

Por sua vez, o presidente da AEP – Associação Empresarial de Portugal, Luís Miguel Ribeiro, pediu ao Governo uma redução da carga fiscal, para melhorar a competitividade das empresas portuguesas face à implementação das tarifas dos EUA e disse que espera celeridade nas medidas de apoio.

A Associação Industrial Portuguesa (AIP) pediu mais apoios, a monitorização da concorrência internacional e mecanismos de maior flexibilidade laboral, como ‘lay-off’, num documento enviado ao Ministério da Economia, a que a Lusa teve acesso.

O Ministério da Economia reuniu-se com associações empresariais de diversos setores entre terça-feira e quarta-feira para avaliar “o impacto e as medidas de mitigação” das tarifas que o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, de 20% a produtos importados da União Europeia (UE) e que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio.

A UE aprovou na quarta-feira, por maioria, a aplicação de tarifas de 25% a produtos norte-americanos, em resposta às tarifas aplicadas pelos Estados Unidos da América.

 

ALN (SMA/AFE) // EA

By Impala News / Lusa

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