Coronavírus. Itália estende quarentena a todo o país
O primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte expandiu esta segunda-feira, 9 de março, as restrições da zona da Lombardia a todo o país, devido ao novo coronavírus.
O primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte expandiu esta segunda-feira, 9 de março, as restrições da zona da Lombardia a todo o país, para conter a propagação do novo coronavírus. Com 463 mortes confirmadas, Itália, o país europeu mais afetado pelo Covid-19, prepara-se para ficar de quarentena. «Toda a Itália deve ficar em casa».
Conte acrescentou ainda que «só serão permitidas deslocações por questões sérias de trabalho e por questões de saúde».
LEIA DEPOIS
Coronavírus. Número de infetados sobe para 35 em Portugal
Bolsa de Milão caiu 11%
As medidas, que afetam 60 milhões de pessoas, devem vigorar até 3 de abril. As escolas e as universidades também estão encerradas até esta data. «Compreendemos a necessidade de sociabilização das pessoas, mas não podemos arriscar ter episódios de sociabilização que são também contagiosos», referiu ainda o primeiro-ministro italiano. A Bolsa de Milão caiu 11%.
Governo decide suspender voos entre Portugal e zonas mais afetadas de Itália
Governo português, para além da suspensão dos voos para as zonas mais afetadas de Itália, decidiu recomendar também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5000 pessoas.
A suspensão de todos os voos com destino ou origem nos aeroportos italianos de Milão-Malpensa, Internacional II Caravaggio (Bérgamo) e Internacional Marco Polo, que serve a cidade de Veneza, aplica-se para os aeroportos de Francisco Sá Carneiro, no Porto, Humberto Delgado, em Lisboa, e Internacional de Faro.
O anúncio foi feito depois de uma reunião da Comissão Nacional de Proteção Civil na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, distrito de Lisboa, na qual participaram os ministros da Administração Interna e da Saúde, Eduardo Cabrita e Marta Temido, respetivamente.
A nível nacional, o executivo recomendou a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas, e de eventos à porta fechada com mais de 1000 participantes. O Governo sugeriu aos médicos que não participem em congresso ou conferências.
O Governo também recomendou a suspensão de quaisquer eventos, como casamentos e a celebração de missas, com mais de 150 pessoas nos municípios de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto — as duas zonas mais afetadas pelo surto do novo coronavírus em Portugal.
Texto: Carla S. Rodrigues com Lusa
LEIA MAIS
Coronavírus: OMS admite que ameça de pandemia se tornou muito real
Diabéticos em risco acrescido de contrair coronavírus. Quais os cuidados a ter
Siga a Impala no Instagram