Socialista Fernando Araújo não vai para o Parlamento e fica como médico e docente no Porto

O primeiro e ex-diretor do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo, cabeça de lista pelo PS no Porto nas últimas Legislativas, anunciou hoje que não será deputado e manterá funções na Unidade Local de Saúde São João.

Socialista Fernando Araújo não vai para o Parlamento e fica como médico e docente no Porto

“Após uma reflexão cuidada e uma ponderação pessoal, entendi que a melhor forma de continuar a defender o SNS seria manter-me na ULS São João e na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, como médico e professor universitário, não assumindo, por isso, o lugar de deputado na Assembleia da República (AR)”, escreve Fernando Araújo numa nota enviada à agência Lusa.

O ex-diretor da Direção-Executiva do SNS, que foi secretário de Estado adjunto e da Saúde quando Adalberto Campos Fernandes era ministro, liderou a lista de candidatos a deputados pelo distrito do Porto das Legislativas de domingo, tendo sido o primeiro de 11 deputados eleitos por este círculo eleitoral.

Numa nota em que começa por agradecer a Pedro Nuno Santos, o socialista candidato a primeiro-ministro derrotado, pela confiança e a abertura do Partido Socialista, Fernando Araújo refere que, “ao longo da campanha, em cada evento, praça ou conversa anónima” sentiu “o carinho de tantas pessoas” e recebeu “sugestões valiosas que demonstram que a participação cívica está viva no país”.

“A todos os que confiaram no PS com o seu voto — em especial aos eleitores do distrito do Porto — deixo um profundo agradecimento. Tivemos a oportunidade de apresentar o nosso programa eleitoral, com paixão e de forma construtiva, defendendo as propostas que melhor serviriam os interesses dos portugueses”, refere para, depois, explicar porque prefere manter as funções enquanto médico e professor.

“O PS contará com uma excelente representação parlamentar pelo distrito do Porto, que se irá fazer ouvir na defesa dos valores preconizados neste projeto”, aponta.

O médico que presidiu ao conselho de administração do Hospital de São João no período mais intenso da pandemia e é o autor da reforma do SNS que se traduziu na criação de Unidades Locais de Saúde, juntando cuidados hospitalares e cuidados de saúde primários, diz levar consigo “uma experiência única e o orgulho de ter participado nesta caminhada democrática” e garante que continuará “a lutar” onde sente que o seu “contributo possa ser mais útil, por um SNS de qualidade”.

“Acredito num SNS com os melhores profissionais de saúde, motivados, com um projeto de vida, e que seja acessível a todos os portugueses, independentemente da condição económica ou estatuto social, orientado exclusivamente pelas suas necessidades clínicas”, concluiu.

 

PFT//LIL

By Impala News / Lusa

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