Presença de PR ao lado do Governo no Santa Maria “não tem nenhum efeito prático”

O líder da Iniciativa Liberal considerou hoje que a presença do Presidente da República ao lado do Governo no Hospital de Santa Maria “não tem nenhum efeito prático”, já que “não tem resolvido nenhum” dos problemas dos portugueses.

Presença de PR ao lado do Governo no Santa Maria

Rui Rocha falava aos jornalistas à margem de uma manifestação organizada pela associação Venexos a favor da mudança na Venezuela, que está a decorrer desde o final da tarde na Praça dos Restauradores, em Lisboa.

Questionado sobre se o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, fez bem em acompanhar o Governo, na quinta-feira, numa visita ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Rui Rocha recordou que “não é a primeira vez que o senhor Presidente da República está ao lado de primeiros-ministros”, até porque “antes de estar agora com Luís Montenegro esteve ao lado de António Costa, também na questão da saúde”.

“Eu pergunto se o facto de o senhor Presidente da República ter estado, na altura, com António Costa em questões também ligadas à saúde resolveu algum problema da saúde em Portugal”, questionou, respondendo logo de seguida: “Eu diria que não”.

“Portanto, lamentavelmente, parece-me que isso não tem nenhum efeito prático”, considerou.

Se existisse algum efeito prático, continuou, “diria ainda bem que o senhor Presidente da República está ao lado do primeiro-ministro que vai ao Hospital de Santa Maria”.

Mas, “a história diz-nos que essas presenças do senhor Presidente da República e esse apoio aos primeiros-ministros não têm resolvido nenhum dos problemas dos portugueses”, isto porque “os problemas continuam, as grávidas portuguesas continuam a não encontrar urgências de obstetrícia abertas, muitas vezes em espaços de mais de 200 quilómetros” e “continuam sem saber quais são os hospitais a que podem recorrer”, lamentou Rui Rocha.

“É um problema sério, estamos em Portugal, estamos em 2024, um país que queremos evoluído”, salientou, considerando “francamente inaceitável” que as mulheres portuguesas grávidas tenham “este tipo de constrangimento”, de “angústia” e “de falta de apoio e de acesso à saúde”.

“A presença do senhor Presidente da República tem valido pouco”, insistiu, reiterando que, também desta vez, parece que não irá valer mais.

Cinco serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia vão estar encerrados no fim de semana, maioritariamente em Lisboa e Vale do Tejo, segundo as escalas de urgência publicadas no Portal do SNS, que indica também o fecho de três urgências pediátricas hoje e no domingo.

ALU // VAM

By Impala News / Lusa

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