Pedro Nuno preocupado com mortalidade infantil acusa Governo de não assumir responsabilidades

O secretário-geral do PS manifestou hoje muita preocupação com o aumento da mortalidade infantil, acusando a ministra da Saúde de nunca assumir as suas responsabilidades nem ter soluções para o agravamento dos problemas no setor.

Pedro Nuno preocupado com mortalidade infantil acusa Governo de não assumir responsabilidades

“Com preocupação, como é evidente. E com preocupação vemos a reação da senhora ministra. Aquilo que está bem foi responsabilidade deles, aquilo que está mal eles responsabilizam o Governo anterior”, respondeu Pedro Nuno Santos aos jornalistas durante uma arruada em Coimbra quando questionado sobre os números da mortalidade infantil de 2024 que foram hoje conhecidos. 

Para o líder do PS, os responsáveis governativos não são “credíveis nem sérios” e “não se pode confiar” neles.

“Este Governo desistiu de salvar o SNS, prefere desviar recursos para o setor privado da saúde. Não é assim que vão resolver os problemas”, condenou. 

Pedro Nuno Santos defendeu que o Governo de Montenegro “não tem as soluções nem sequer têm a capacidade de assumir as suas próprias responsabilidades, o que é desesperante”.

“Esta senhora ministra nunca foi capaz de dizer: sim, aqui falhámos, sim aqui não fizemos bem. Não é capaz, ao dia de hoje, de assumir um bocadinho de responsabilidades no trabalho que teve, nomeadamente no agravamento dos problemas na área da saúde”, criticou.

Questionado sobre o porquê de focar o seu discurso naquele que considera ser o risco de um Governo da AD com a IL, o líder do PS referiu que é a sua “obrigação identificar e denunciar os riscos não só da continuação de um Governo da AD como o reforço da IL.

“A economia portuguesa caiu no primeiro trimestre, não é brincadeira nenhuma. O número de despedimentos coletivos no primeiro trimestre é o maior desde 2013, não é brincadeira nenhuma”, disse.

Para Pedro Nuno Santos, o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, “não tem neste momento credibilidade nenhuma”.

“Nem o programa económico, nem as contas da AD neste momento têm qualquer credibilidade”, reiterou, referindo que “não há nenhum economista, mesmo aqueles que não gostam do PS, que tenha coragem de dizer que o programa da AD é um programa sério”.

Na perspetiva do líder do PS, este programa “não é para ser levado a sério”.

“O ministro das Finanças não é credível neste momento, não tem qualquer credibilidade. Eles prometeram crescimentos perto dos 3 % e neste momento deixaram a nossa economia a cair 0,5%”, atirou, considerando que o programa do PS é “mais credível e prudente” e as medidas “preparam o país para uma situação, por exemplo, inflacionista que decorra de uma guerra comercial”.

A ministra da Saúde considerou hoje que o aumento da mortalidade infantil está mais relacionado com a diminuição do investimento na área materno-infatil nos últimos anos do que com o encerramento de urgências de ginecologia e obstetrícia durante 2024.

“Ninguém pode dizer hoje que não está relacionado, mais do que com as urgências [encerradas], com a diminuição, nos últimos anos, daquilo que tem sido o investimento que precisamos de fazer, concretamente, no sistema público, na área materno-infantil”, afirmou Ana Paula Martins, à margem das comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro, no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real.

Ana Paula Martins respondia aos jornalistas, que a questionaram sobre a notícia hoje avançada pelo Correio da Manhã de que a taxa de mortalidade infantil em Portugal subiu 20% em 2024, ano marcado por vários serviços de urgências de ginecologia e obstetrícia encerrados, facto que a ministra admitiu não ser “uma boa resposta”.

 

 

JF/PLI // JPS

By Impala News / Lusa

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