OMS pede abandono do plano israelita de atacar Rafah “em nome da humanidade”

O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) instou hoje Israel a abandonar um ataque a Rafah, no sul da Faixa de Gaza, “em nome da humanidade”.

OMS pede abandono do plano israelita de atacar Rafah

“Estou seriamente preocupado com as notícias de um plano israelita para lançar um ataque terrestre a Rafah. Uma nova escalada de violência nesta área densamente povoada levaria a ainda mais mortes e sofrimento”, escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus na rede social X, acrescentando: “Em nome da humanidade, apelamos a Israel para que não avance e trabalhe em prol da paz”.

Segundo o responsável da OMS, a ideia de evacuação daquela zona também não era uma solução, uma vez que as cerca de “1,2 milhões de pessoas em Rafah não têm para onde ir” e porque “não existem instalações de saúde seguras e totalmente funcionais” noutros locais de Gaza.

“Muitas pessoas estão demasiado frágeis, com fome e doentes para serem novamente deslocadas”, insistiu Tedros Ghebreyesus.

Israel anunciou na sexta-feira que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, tinha aprovado os “planos de ação” do exército para uma ofensiva em Rafah, uma faixa de território junto à fronteira fechada com o Egito onde se refugiaram muitos civis, expulsos pela ofensiva israelita no norte e depois no centro e sul da Faixa de Gaza.

Esta operação, para a qual os Estados Unidos e a ONU alertaram repetidamente, poderá ter lugar na ausência de um acordo de tréguas ou após uma eventual pausa de seis semanas nos combates.

Netanyahu prometeu continuar a guerra, desencadeada após o ataque do Hamas em 07 de outubro, até que o movimento islâmico do Hamas seja eliminado.

A guerra em curso foi desencadeada pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e cerca de centena e meia de reféns, segundo as autoridades de Israel.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza que matou mais de 31.500 pessoas até hoje, segundo as autoridades do enclave governado pelo Hamas desde 2007.

JGO // TDI

By Impala News / Lusa

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