Nicolas Maduro encoraja a população a tratar-se com plantas e produtos naturais
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, apresentou hoje um “plano de medicina tradicional” para encorajar a população a tratar-se com plantas e produtos naturais, quando o país enfrenta uma grave escassez de medicamentos.
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, apresentou hoje um “plano de medicina tradicional” para encorajar a população a tratar-se com plantas e produtos naturais, quando o país enfrenta uma grave escassez de medicamentos.
O “Plano medicina 100% natural” pretende reavivar a saúde tradicional, as receitas da avó, anunciou Nicolas Maduro numa conferência de imprensa no Palácio Presidencial de Miraflores, adiantando na ocasião que se estava a curar de uma “gripe terrível” graças à camomila, aloe vera, limão e um pouco de mel.
“É uma receita tradicional da minha família (…). A medicina cientifica e a medicina tradicional devem andar juntas”, defendeu o chefe de Estado.
Desde o ano passado que manifestações contra a falta de medicamentos e outros produtos para colmatar necessidades básicas agitam o país.
A organização não governamental Coligação das Organizações pelo Direito à Saúde e à Vida denunciou uma “falta total e prolongada” de medicamentos essenciais para tratar doenças como a insuficiência renal, o cancro ou a esclerose múltipla.
A escassez atinge igualmente os antibióticos ou os medicamentos para a tensão arterial.
Em novembro último, doentes e respetivas famílias manifestaram-se junto às embaixadas do Canadá, Costa Rica, Holanda e Peru para pedir a estes países que façam pressão sobre Caracas no sentido de ser criado um corredor humanitário que permita a entrada de medicamentos no país.
Um mês antes, o Governo de Maduro relançou um plano de distribuição de medicamentos através de uma linha direta.
Para poderem beneficiar deste sistema os cidadãos devem possuir um Cartão da Pátria que permite aceder a programas de ajudas sociais que a oposição classifica como um “instrumento de controlo social”.
O Governo venezuelano nega a existência de uma crise humanitária e denuncia que as sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos dificultam a importação de alimentos e medicamentos.
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