Ministro quer novo estatuto da carreira de investigação aprovado em julho

O ministro da Educação, Ciência e Inovação disse hoje que quer ver aprovado o novo estatuto da carreira de investigação científica em julho e espera o máximo de consenso, desde logo junto do PS.

Ministro quer novo estatuto da carreira de investigação aprovado em julho

“Este estatuto vai ser fundamental para que os investigadores que vão concorrer a estas vagas possam ter uma perspetiva daquilo que vai ser a carreira em que vão entrar e, por isso, era importante que estivesse pronto em julho”, disse Fernando Alexandre.

O ministro falava aos jornalistas no final de uma tarde de reuniões com organizações sindicais do setor, sobre revisão do estatuto da carreira do ensino e investigação científica.

O concurso a que o ministro se referia, e que serve de ponto de referência para a aprovação daquele que virá a ser o novo estatuto, é a primeira edição do FCT-Tenure para cofinanciamento da contratação de 1.000 investigadores doutorados para posições permanentes.

Depois de ouvir as federações nacionais da Educação e dos Professores (FNE e Fenprof), o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) e os representantes dos reitores, o Ministério vai ainda ouvir os partidos com assento na Assembleia da República.

“Esperamos que haja, numa matéria como esta, a responsabilidade para que um tema tão estruturante e tão relevante para o futuro do país e instituições, que devem estar protegidas do ciclo político, não sejam alvo de luta partidária”, sublinhou o ministro.

Fernando Alexandre disse esperar, sobretudo, um consenso com o PS, uma vez que a proposta apresentada baseia-se no projeto aprovado ainda pelo anterior Governo, no final do mandato, e que não chegou a entrar em vigor.

Sem especificar quais, o governante disse que a proposta apresentada hoje aos sindicatos é semelhante à do anterior executivo, com algumas diferenças que entende serem importantes para os investigadores e para as próprias instituições.

Em comunicado, a tutela esclarece que o objetivo é aproximar a carreira de investigação científica à carreira de docente do ensino superior, “numa lógica de mobilidade intercarreiras, e atrair cada vez mais doutorados para a investigação científica”.

O ministro sublinhou ainda a importância de rever o estatuto da carreira de investigação científica, considerando que o estatuto atualmente em vigor, de 1999, “está muito desatualizado e é inadequado sobretudo num período em que o sistema vai integrar mais de 1.000 investigadores”.

 

MCA // RBF

By Impala News / Lusa

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