Hospital de Faro explica afastamento da médica que denunciou cirurgião

Diana Carvalho Pereira foi impedida de continuar a exercer porque “nenhum dos cirurgiões a quer tutelar”, informou o diretor do serviço de cirurgia. Já o diretor clínico garante que “a médica não foi afastada de funções”.

Hospital de Faro explica afastamento da médica que denunciou cirurgião

Diana Carvalho Pereira, a médica interna do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, que apresentou queixa na Polícia Judiciária contra o ex-orientador de formação (e médico cirurgião) e o Diretor de Serviço de Cirurgia do Hospital de Faro (CHUA) por alegada negligência médica, foi impedida de continuar a exercer porque “nenhum dos cirurgiões a quer tutelar”, informou o diretor do serviço de cirurgia, Martins dos Santos, numa nota a que o Público teve acesso. Horário Guerreiro, diretor clínico do hospital, explica os contornos da situação. “A médica não foi afastada de funções. Não há nenhuma deliberação nesse sentido. Neste momento, queremos apurar os factos apurados. Isso é que nos interessa. Só depois lidaremos com a situação da médica”, começa por dizer à CMTV.

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“De qualquer maneira, há sempre uma alternativa, depois da quebra da confiança no serviço em que estava colocada, de ser colocada noutro serviço, em Portimão ou em outro sítio qualquer do País. Isso dependerá da Ordem dos Médicos e da direção do internato. A matéria ainda não foi apurada. Temos de ver todos os factos. Temos uma auditoria em curso”, explica.

Médica interna já reagiu à decisão

“Não é uma questão de castigo. É uma questão formal. É preciso existir uma relação de confiança do diretor de serviço nos seus subordinados. E depois, é preciso existir uma relação de confiança do orientador de formação na própria médica. Que não é autónoma na sua atividade clínica. Os médicos do serviço manifestaram recusa, o que acho lógico porque está em causa todo o serviço e a confiança no serviço. Mas isso não significa um afastamento da médica. Será avaliado posteriormente”. Diana Carvalho Pereira já reagiu. “Eu própria também não quero trabalhar num hospital deste tipo. Quando fiz a queixa, a minha intenção era despedir-me de seguida, mas depois achei que não poderia ser prejudicada por toda esta história. Fico à espera da posição da Ordem dos Médicos”, disse em declarações ao mesmo jornal.

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