Governo autoriza INEM a contrarar mais 200 técnicos de emergência pré-hospitalar

O Governo autorizou a contração de mais 200 técnicos de emergência pré-hospitalar para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), duplicando o número de contratações realizadas no início do ano, foi hoje anunciado.

Governo autoriza INEM a contrarar mais 200 técnicos de emergência pré-hospitalar

A abertura do novo concurso deverá ocorrer em meados de junho.

Em janeiro, o presidente do INEM, Sérgio Janeiro, disse à Lusa que ao todo este ano poderiam entrar 400 novos TEPH, mais de 40% de aumento em relação ao efetivo que existia no final de 2024.

“Os 200 novos TEPH a contratar vão reforçar o atendimento e triagem das situações de emergência médica nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e assegurar a operacionalidade de diversos meios de emergência pré-hospitalar do Instituto”, lê-se num comunicado hoje divulgado.

O INEM esclarece que os TEPH são “profissionais de saúde fundamentais da rede de emergência médica do país, porque asseguram a primeira resposta às situações de emergência médica pré-hospitalar”.

“A sua ação pode ser determinante para a sobrevivência de pessoas vítimas de doença súbita ou de trauma”, sublinha.

Com a entrada destes profissionais, o INEM vai aumentar os seus quadros de TEPH de cerca de 1.100 para 1.300.

No final do ano passado, Sérgio Janeiro salientou que este tipo de avanços dava “mais ânimo para continuar e para confiar” que 2025 seria “um ano de viragem, tanto na qualidade do socorro prestado, como na confiança que a população pode continuar a ter no INEM”.

Em dezembro passado, foi alcançado um acordo com o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) que permitiu a todos os técnicos um aumento salarial de 256 euros a partir de janeiro.

A insatisfação dos técnicos de emergência pré-hospitalar tinha culminado numa greve às horas extra que teve início a 30 de outubro e que no dia 04 de novembro coincidiu com a greve da Função Pública e obrigou à paragem de vários meios de socorro, provocando atrasos de horas no atendimento das chamadas para o INEM.

Depois de diversas denúncias de mortes de utentes alegadamente relacionadas com os atrasos no socorro, o Governo acabou por negociar, o que levou à suspensão da greve.

Em abril, o INEM revelou que recebeu cinco reclamações — apresentadas pelo Sindicato dos Técnicos de Emergência Médica (STEPH) e pela Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) — relativas ao curso de TEPH.

Face às denúncias, o INEM anunciou que iria alterar os testes teóricos da formação para TEPH para evitar situações de partilha de respostas pelos formandos em grupos Whatsapp.

Sérgio Janeiro disse na ocasião que “este ano está a haver um esforço enorme” e que a intenção é que todos os TEPH tenham a formação completa até final de 2025.

JML (HN/SO) // JMR

By Impala News / Lusa

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