Passagem de furacão Dorian pelas Bahamas pode ter danificado 13 mil casas
Dorian «é o furacão mais violento da história moderna», afirma o NHC. Cerca de 13 mil casas poderão ter sido afetadas.
Cerca de 13 mil casas poderão ter sido danificadas ou destruídas pelos ventos que atingiram os 300 quilómetros por hora à passagem do furacão Dorian pelas Bahamas, indicou a Cruz Vermelha. «Não temos ainda uma imagem completa do que aconteceu. Mas é claro que o furacão Dorian teve um impacto catastrófico», declarou Sune Bulow, chefe do centro de operações de emergência da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR).
LEIA DEPOIS
Mais de 1800 detidos por condução com álcool em operação da GNR
Bulow explica que a organização com sede em Genebra está a responder a «necessidades de abrigo importantes», de acordo com um comunicado citado pela agência France-Presse. A população daquele arquipélago caribenho tem ainda necessidade de água potável, assistência sanitária e de apoio económico a curto prazo, precisa o responsável. Um furacão de categoria 5, qualificado como «catastrófico» pelo centro nacional de furacões dos Estados Unidos (NHC), atingiu a terra no domingo em Elbow Cay, nas ilhas Abacos no noroeste das Bahamas, país composto por 700 ilhas.
Dorian é o «furacão mais violento da história moderna»
De acordo com o NHC, o Dorian é o «furacão mais violento da história moderna no noroeste das Bahamas». O balanço das vítimas não é ainda conhecido, mas a agência Associated Press fala em casas destruídas, telhados desfeitos, carros capotados e postes de eletricidade caídos. O furacão provocou «estragos consideráveis» nas ilhas Abacos e Grande Bahama, de acordo com as primeiras avaliações rápidas das autoridades e responsáveis da Cruz Vermelha no terreno.
No domingo, 1 de setembro, a força máxima do vento atingiu os 297 km/h, com rajadas de até 354 km/h, tornando-se o furacão atlântico mais potente a atingir a Terra. Esta segunda-feira, 2 de setembro, a velocidade máxima dos ventos baixou ligeiramente para 265 km/h e o furacão dirige-se agora para a Florida e costa dos Estados Unidos. De acordo com a Cruz Vermelha norte-americana, 19 milhões de pessoas vivem nas zonas que poderão ser afetadas pela intempérie e um número estimado de até 5.000 pessoas na Florida, Geórgia e Carolina do Sul poderão vir a precisar de abrigo de urgência em função do impacto dos ventos e chuvas.
«É devastador»
Os governadores da Geórgia e da Carolina do Sul já ordenaram a evacuação de toda a costa daqueles dois estados norte-americanos e os Estados Unidos emitiram alerta para a costa este. Entretanto, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários já revelou ter destacado pessoal para Nassau, nas Bahamas, para dar apoio na resposta ao impacto do Dorian. O meteorologista e colunista Eric Holthaus afirmou, igualmente no Twitter, que o Dorian é o furacão que mais rapidamente passou da categoria 4 ao nível máximo na escala desde que há registos.
O Dorian chegou a terra no domingo no norte das Bahamas como um furacão de categoria 5 pelas 12:40 locais (17:40 em Lisboa), arrancando telhados, virando automóveis e derrubando postes de eletricidade, segundo o relato publicado pela agência de notícias Associated Press.
«É devastador. Houve um enorme prejuízo nas propriedades e infraestruturas. Felizmente, não temos registo de mortes», afirmou a diretora-geral do Ministério do Turismo e Aviação daquele país, Joy Jibrilu.
Siga a Impala no Instagram