Enfermeiros exigem reunião com ULS do Arco Ribeirinho

Os enfermeiros da Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho exigiram hoje o agendamento urgente de uma reunião com a administração para regularizar questões relacionadas com a progressão de carreira e o pagamento de “milhares de horas extraordinárias”.

Enfermeiros exigem reunião com ULS do Arco Ribeirinho

Numa moção hoje aprovada em plenário convocado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, estes profissionais elencam várias questões relacionadas com a carreira cuja resolução entendem estar ao alcance do Conselho de Administração da ULSAR, unidade do distrito de Setúbal que tem cerca de 800 enfermeiros.

“Nesta Unidade Local de Saúde ainda não foram resolvidos problemas que noutras instituições da região já estão a ter desenvolvimentos”, disse à agência Lusa Zoraima Prado, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Um dos problemas apontados pela sindicalista prende-se com a falta de pagamento do suplemento de função (150 euros) de enfermeiros especialistas e a não atribuição de 1.5 pontos nos anos de progressão no período compreendido entre 2004 e 2014.

Os enfermeiros exigem ainda o pagamento de todas as horas de trabalho extraordinário bem como o gozo efetivo dos descansos compensatórios acumulados.

Zoraima Prado explicou que o serviço de cirurgia do Hospital do Barreiro tem atualmente três mil horas de trabalho não pagas.

“Isto não é admissível. O objetivo dos enfermeiros com este plenário é discutir os problemas que têm, perceber quais as responsabilidades do conselho de administração, exigir soluções e o imediato agendamento de uma reunião”, disse, adiantando que desde que foram criadas as Unidades Locais de Saúde que não conseguem ter uma reunião, o que não acontece com as ULS de Almada/Seixal e da Arrábida, também do distrito de Setúbal, onde estes constrangimentos já foram ultrapassados.

Outra das questões apontadas por Zoraima Prado é a regularização da situação de dezenas de enfermeiras do Hospital do Barreiro que não tiveram avaliação de desempenho por terem estado grávidas.

A sindicalista entende que este tipo de problema acaba por ter impacto nos serviços.

“Agrava-se o êxodo de profissionais para fora do Serviço Nacional de Saúde. Infelizmente notamos que se volta a sentir no serviço público de saúde uma debandada de enfermeiros para o estrangeiro ou para prestadores privados”, disse, adiantando que a região de Setúbal está a ser “bastante afetada”.

A ULSAR tem como área de influência direta os concelhos de Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete, integrando o Hospital Distrital do Montijo, o Hospital Nossa Senhora do Rosário (Barreiro) e os centros de saúde de Alcochete, Barreiro, Quinta da Lomba, Moita, Montijo e Baixa da Banheira.

GC (FAC) // MCL

By Impala News / Lusa

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