Desastres naturais mataram 135 pessoas desde outubro em Moçambique
Um total de 135 pessoas morreram e outras 116.334 foram afetadas por desastres naturais durante a época chuvosa em curso, desde outubro, em Moçambique, indica um relatório consultado hoje pela Lusa.
Dos 135 óbitos registados desde outubro e até segunda-feira, 57 foram causados por descargas atmosféricas, 31 por cólera, 24 por afogamentos, 20 por desabamento de casas e três por ataques de animais, refere o relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).
A maior parte das mortes foram registadas na província de Nampula (29), no norte de Moçambique, Zambézia (25) e Tete (24), no centro do país.
A época das chuvas 2023/2024 causou ainda 181 feridos, a destruição total e parcial de 6.348 casas e inundação de outras 10.473, além de afetar também 652 embarcações, 26.354 hectares de culturas, 5.879 dos quais considerados perdidos.
O relatório do INGD aponta ainda que pelo menos 32 casas de culto, 87 unidades de saúde, 462 escolas e 1.027 salas de aula foram afetadas, situação que condicionou o processo de ensino e aprendizagem de 110.145 alunos e 2.270 professores.
A atual época das chuvas foi marcada pela passagem da tempestade tropical severa “Filipo”, que fustigou o centro e sul de Moçambique entre os dias 12 e 13, causando pelo menos dois óbitos, 71 feridos e um total de 50.781 pessoas afetadas.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
LN // JMC
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram