PSD propõe pena de até três anos de prisão para crime de “vacinação indevida”
O PSD entregou hoje no parlamento um projeto de lei que autonomiza o crime de “vacinação indevida”, propondo a punição com pena de prisão até três anos ou multa.
O PSD entregou hoje no parlamento um projeto de lei que autonomiza o crime de “vacinação indevida”, propondo a punição com pena de prisão até três anos ou multa.
“Propõe-se que quem, por si ou por interposta pessoa, der ou aceitar, para si ou para terceiro, vacinação em violação dos critérios estabelecidos em plano de vacinação seja punido com pena de prisão até três anos ou pena de multa, se pena mais grave não lhe couber por força de outra disposição legal”, lê-se no documento.
A bancada parlamentar social-democrata quer assim alterar o decreto-lei n.º 28/84, de 20 de junho, relativo às infrações antieconómicas e contra a saúde pública, integrado na subsecção dos crimes contra a saúde pública.
O Ministério Público já abriu inquéritos em relação a casos que envolvem o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de Lisboa e do Porto, a Segurança Social de Setúbal e outras instituições onde há indícios de irregularidades na vacinação contra a covid-19, nomeadamente de pessoas que não faziam parte das listagens de casos prioritários.
Na quarta-feira, o coordenador do grupo de trabalho responsável pelo Plano de Vacinação contra a covid-19, Francisco Ramos, demitiu-se, alegando ter descoberto anomalias na vacinação de profissionais no Hospital da Cruz Vermelha, de cuja comissão executiva é presidente.
Portugal registou quarta-feira 240 mortes relacionadas com a covid-19 e 9.083 casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), cujo boletim diário revelou estarem internadas 6.684 pessoas, menos 91 do que na terça-feira, das quais 877 em unidades de cuidados intensivos, mais 25.
Desde março de 2020, morreram 13.257 pessoas no país de um total de 740.944 casos de infeção confirmados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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