Madeira vai receber mais três doentes transferidos do continente

A Madeira vai receber mais três doentes com covid-19 dos cuidados intensivos de hospitais do continente, confirmou hoje o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, salientando que a região dispõe de capacidade de resposta.

Madeira vai receber mais três doentes transferidos do continente

A Madeira vai receber mais três doentes com covid-19 dos cuidados intensivos de hospitais do continente, confirmou hoje o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, salientando que a região dispõe de capacidade de resposta.

“Vamos receber mais três doentes. É uma questão de elementar decência e de humanismo. Temos a capacidade de o fazer – isso foi avaliado pelo diretor clínico [do Serviço de Saúde da Madeira] e respetiva equipa – e vamos receber sem qualquer problema”, disse o chefe do executivo.

Miguel Albuquerque falava à margem de uma visita ao Pavilhão Gimnodesportivo do Funchal, na Escola Secundária Jaime Moniz, onde foram efetuados trabalhos de reabilitação no valor de 500 mil euros.

“São doentes de cuidados intensivos, porque o grande problema que o país tem neste momento é, de facto, a resposta nos cuidados intensivos”, explicou.

O anúncio de que a região vai receber mais três doentes com covid-19 – os primeiros três foram transferidos na sexta-feira – foi inicialmente feito pelo secretário Regional da Saúde, Pedro Ramos, nas instalações do Serviço de Proteção Civil, onde hoje teve início a vacinação dos bombeiros das diversas corporações do arquipélago.

Pedro Ramos sublinhou que o Rt – rácio de transmissibilidade – na região autónoma é de 0,97, o que significa que em média uma pessoa infetada contamina menos do que uma.

Além disso, acrescentou, a Madeira dispõe de capacidade para tratar 50 doentes em cuidados intensivos, sendo que apenas oito se encontram nessa unidade.

“Acho que é fundamental, levando em linha de conta a nossa capacidade de camas, poder dar uma ajuda nesta questão, que é uma questão de humanismo e uma questão de decência de uma sociedade civilizada”, disse Miguel Albuquerque.

O presidente do Governo Regional da Madeira referiu, contudo, que não existe ainda uma data prevista para a transferência dos doentes.

Na sexta-feira, o Hospital dr. Nélio Mendonça, no Funchal, recebeu três doentes com covid-19 em cuidados intensivos transferidos do Hospital Beatriz Ângelo (dois doentes), em Loures, e do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (um doente).

A transferência decorreu na sequência da disponibilidade manifestada pela Região Autónoma da Madeira para receber doentes críticos do Serviço Nacional de Saúde do continente, sendo que o transporte aéreo foi assegurado pelo Ministério da Defesa Nacional, através de um avião C130 da Força Aérea Portuguesa.

Um comunicado conjunto dos ministérios da Defesa e da Saúde esclareceu, nesse dia, que a operação contou com a “necessária autorização das respetivas famílias”, num processo que assentou numa estreita articulação entre os Serviços de Medicina Intensiva envolvidos e a Comissão de Acompanhamento da Rede Nacional de Medicina Intensiva (CARNMI), o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a Força Aérea Portuguesa (FAP) e o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (Sesaram).

A região autónoma dispõe de 228 camas para a área covid-19, em dois hospitais do Funchal, e tem capacidade para tratar 50 doentes em cuidados intensivos.

De acordo com os dados mais recentes, o arquipélago contabiliza 5.338 casos confirmados de covid-19, dos quais 1.905 estão ativos, registando 47 mortes associadas à doença desde o início da pandemia.

Neste momento, 73 pessoas estão hospitalizadas, oito delas na Unidade de Cuidados Intensivos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.253.813 mortos resultantes de mais de 103,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 13.017 pessoas dos 731.861 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

 

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