Covid-19: Brasil ultrapassa 255 mil mortes após 778 óbitos nas últimas 24 horas
O Brasil ultrapassou hoje as 255 mil mortes (255.720) devido à covid-19, após ter somado 778 óbitos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde brasileiro.
O Brasil ultrapassou hoje as 255 mil mortes (255.720) devido à covid-19, após ter somado 778 óbitos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde brasileiro no seu último boletim epidemiológico.
Entre domingo e hoje, o país sul-americano registou ainda 35.742 novas infeções, num total de 10.587.001 casos positivos desde o início da pandemia.
No momento em que o Brasil enfrenta um iminente colapso hospitalar devido a uma nova vaga da pandemia, a taxa de incidência da covid-19 é hoje de 122 mortes e 5.038 casos por 100 mil habitantes. Já a taxa de letalidade da doença em território brasileiro permanece em 2,4%.
Os números contabilizados hoje, assim como no último fim de semana, ficaram bem abaixo da média semanal. Contudo, o próprio Ministério da Saúde já explicou que essa diminuição é fruto de uma carência de recursos humanos ao fim de semana para testar e recolher os dados, sendo que estes acabam por ser consolidados às terças-feiras.
Das 27 unidades federativas do Brasil, as que concentram maior número de diagnósticos de infeção são São Paulo (2.044.699), Minas Gerais (883.105), Bahia (686.057) e Santa Catarina (675.577).
São Paulo (59.546), Rio de Janeiro (33.093), Minas Gerais (18.598) e Rio Grande do Sul (12.470) são, por sua vez, os Estados que registam mais vítimas mortais devido à doença causada pelo novo coronavírus.
O total de recuperações no país supera os 9,4 milhões de casos, enquanto que 874.181 pacientes infetados estão sob acompanhamento médico.
O Brasil atravessa um momento de forte agravamento da pandemia, em parte atribuída a um estirpe mais agressiva do vírus, detetada no Amazonas, mas também ao comportamento da população e à falta de medidas unificadas no país.
Segundo um consórcio formado por veículos da imprensa brasileira, fevereiro passado foi mesmo o segundo mês com mais mortes no país desde o início da pandemia, depois de julho.
Diante dessa nova fase mais aguda da pandemia, muitos Governos regionais e municipais voltaram a adotar diversas medidas para tentar conter as infeções, incluindo o encerramento de todas as atividades económicas consideradas não essenciais.
Nesse sentido, o Governo de Pernambuco anunciou hoje o encerramento de praias, parques e clubes sociais aos finais de semana. Foram ainda proibidas atividades não essenciais entre as 20:00 e as 05:00, de segunda a sexta-feira, e ao longo de todo o dia aos sábados e domingos.
Já o governador da Bahia, Rui Costa, emocionou-se hoje ao falar da prorrogação das medidas restritivas na região, numa entrevista à rede Globo.
“Nós temos de nos perguntar: ‘Quantas vidas humanas essa bebedeira vale?’. ‘Por quantas vidas humanas eu vou ser responsável, por ir para balada [festas]?’. ‘Quantas vidas humanas serão necessárias para justificar o meu comportamento?’. ‘Ah, eu tenho meu direito individual de ficar bêbado, de encher os bares, de ir para paredão no meio da rua'”, criticou o governador.
“Não é fácil e não gostaríamos de estar tomando decisões como essas. Gostaria sim, que todas as pessoas estivessem usando máscaras, mesmo aquelas que se consideram super-homens, se consideram jovens. Se não for por eles, pelo menos que seja pelas mães, pelo pai, pela avó. Eu fico me perguntando se as pessoas sozinhas decretaram o fim da pandemia”, lamentou ainda, visivelmente emocionado.
Já o Presidente, Jair Bolsonaro, líder de uma extrema-direita negacionista, reagiu com duras críticas a essas medidas, alertou que elas só agravarão a grave crise económica do país e afirmou que “o povo quer trabalhar” e “não ficar trancado em casa”.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.531.448 mortos no mundo, resultantes de mais de 114 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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