Certificado Digital de vacinação com “avanços” na segunda quinzena de junho
Portugal vai fazer “alguns avanços” no Certificado Digital de vacinação contra a covid-19 na segunda quinzena de junho, disse hoje a ministra da Saúde.
Portugal vai fazer “alguns avanços” no Certificado Digital de vacinação contra a covid-19 na segunda quinzena de junho, disse hoje a ministra da Saúde numa visita à Batalha, no distrito de Leiria. Marta Temido explicou que têm estado a ser feitos testes através dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, concretamente sobre “as regras por trás do certificado” e “da implementação”, processos que devem terminar nos próximos dias.
“Contamos ter os testes concluídos por esta semana e estar em condições de fazer alguns avanços, independentemente do que seja a entrada em vigor no dia 1 de julho [nos Estados-membros da União Europeia], já na segunda quinzena de junho”, disse, no final de uma visita à Unidade de Cuidados Intensivos da Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Batalha. O Certificado Digital permitirá “uma forma de todos termos, com maior segurança, maior facilidade e confiança, algum regresso à normalidade”.
Marta Temido prometeu ainda empenho do Governo em criar condições para “permitir e criar melhor motivação e atratividade ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, em resposta à notícia de dezenas de saídas com o fim do estado de emergência. A TSF noticiou hoje que 20 enfermeiros, 13 médicos, 10 técnicos superiores, quatro assistentes e três auxiliares saíram do IPO entre 1 de Maio e a passada sexta-feira.
“Naturalmente, pessoas que já tinham os seus projetos de vida antes do início da pandemia e que, no fundo, continuaram a colaborar com o SNS ao abrigo de regimes excecionais, têm agora a possibilidade de fazer as escolhas que já antes tinham antecipado”. Ao Governo cabe, sublinhou, “criar regimes de atração e, sobretudo, criar as condições de autorização para reforçar os recursos humanos em áreas que são novas e que não têm a ver com a pandemia, como são blocos operatórios ou unidades de quimioterapia que entretanto ficaram prontos”.
A ministra lembrou diligências já feitas para “melhorar as condições de trabalho” no SNS. “Agora, já ninguém se lembra, mas recordo a passagem do horário das 40 para as 35 horas; recordo a reposição das majorações pelo valor do trabalho extraordinário; e recordo, mais recentemente, aquilo que foram os regimes de incentivos estabelecidos durante o combate à pandemia”, frisando que “no mês passado foi autorizada a fixação de mais quase 2.500 profissionais ao SNS dos que tinham sido contratados ao abrigo do regime excecional da pandemia e que correspondem a necessidades permanentes”.
A governante mostrou-se preocupada com a situação pandémica entre os jovens e no concelho de Lisboa, referindo que tem “tido um crescimento da transmissão da infeção em grupos mais jovens, que normalmente tendem a achar que estão protegidos – e estarão certamente de doença mais grave – mas que podem transmiti-la” não se sabendo ainda quais são as consequências que poderão ter no médio, longo prazo.
Sobre Lisboa, a ministra admitiu que os números acima dos indicadores nacionais são uma “situação que preocupa face à elevada densidade que tem, face a uma população muito jovem que se movimenta com facilidade, e onde é fácil a transmissão”. “Vamos continuar a trabalhar em testes, avisos à população, cada um a fazer a sua parte”, concluiu.
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