Uma vacina personalizada contra o cancro, projetada para aumentar as defesas naturais do corpo quando usada em conjunto com a quimioterapia, mostra «sinais promissores» após testes clínicos. O tratamento é criado através da biópsia de um tumor e, em seguida, usando inteligência artificial para identificar determinadas proteínas não reconhecidas pelo sistema imunológico.

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Os cientistas usam depois estas proteínas para criar vacinas personalizadas para cada paciente com cancro, administram-nas juntamente com o medicamento de imunoterapia atezolizumab. Até agora, os clínicos testaram a vacina apenas em pacientes com cancro avançado. Apenas 8% viram os tumores encolherem. Em 49% não houve mudanças.

Tratamento com vacina experimental «bem tolerado» pelos pacientes

A equipa internacional de estudiosos descobriu que o tratamento, conhecido como RO7198457, foi «bem tolerado» pelos pacientes, que tiveram efeitos colaterais «de baixo a moderado». Para desenvolver a vacina, os cientistas fizeram uma biópsia ao tumor de um paciente e usaram inteligência artificial para identificar um grupo de proteínas conhecidas como neoantígenos. À medida que os tumores crescem, produzem neoantígenos, o que deve ajudar o sistema imunológico a reconhecer o tumor como «estranho» e atacá-lo, ainda que os cancros também tenham desenvolvido formas de se esconderem do sistema imunológico.

Como a vacina desmascara um cancro escondido

A vacina ajuda a desmascarar o cancro no sistema imunológico, ativando células imunes, as chamadas células T, e incentivando o sistema imunológico a produzi-las em massa. Com esta descoberta, os cientistas foram capazes de projetar um tipo de vacina contra o cancro, conhecida como vacina RNA do mensageiro, que pode ser adaptada para atingir as «diferenças únicas» nos tumores de todos os pacientes vítimas de cancro.

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