“A Forma da Água” ganha prémio de melhor filme dos produtores de Hollywood
O filme “A forma da água”, do realizador Guillermo del Toro, ganhou o prémio Darryl F. Zanuck para melhor filme do ano, o galardão máximo do Sindicato de Produtores de Hollywood.
– O filme “A forma da água”, do realizador mexicano Guillermo del Toro, ganhou o prémio Darryl F. Zanuck para melhor filme do ano, o galardão máximo do Sindicato de Produtores de Hollywood (PGA, Producers Guild of America).
O prémio foi atribuído a Guillermo del Toro e ao seu colega e co-produtor Miles Dale.
O filme dirigido pelo cineasta de Guadalajara, e coproduzido pelo seu colega Miles Dale, impôs-se assim, nessa categoria, a filmes como “Amor de improviso” (“The Big Sick”), “Chama-me pelo teu nome” (“Call Me by Your Name”), “Dunkirk”, “Foge” (Get Out”), “Eu, Tonya” (“I, Tonya”), “Lady Bird”, “Jogo da alta roda” (Molly’s Game”), “The Post”, “Três cartazes à beira da estrada” (“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”) e “Mulher-Maravilha” (“Wonder Woman”).
Guillermo del Toro não esteve presente na cerimónia, já que teve de se deslocar ao México para tratar do seu pai doente, pelo que o galardão foi recebido por Miles Dale, que leu um comunicado do realizador e agradeceu ao sindicato por reconhecer uma obra com um estilo pouco habitual.
Protagonizado por Sally Hawkins, Michael Shannon, Richard Jenkins, Octavia Spencer e Michael Stuhlbarg, o filme “A forma da água” conta a história de amor entre uma mulher muda e uma criatura marinha nos Estados Unidos, em 1962, com a estética do conto fantástico, tão característica do seu autor.
“Quando os protagonistas são uma senhora das limpezas e um peixe, (a história) é difícil de vender”, disse Dale.
O PGA serve como barómetro dos Óscares, já que o filme vencedor destes prémios acabou por vencer a estatueta dourada em 19 das 27 edições celebradas pela academia.
No entanto, nos últimos anos os critérios difeririam, já que o prémio Zanuck foi atribuído a “La La Land” e “A queda de Wall Street” (“The Big Short”), enquanto a academia preferiu “Moonlight” e “O Caso Spotlight” (“Spotlight”), respetivamente.
Nos oito anos anteriores, ambos os prémios coincidiram, com “Birdman”, “12 anos escravo” (“12 Years a Slave”), “Argo”, “O artista” (“The Artist”), “O discurso do rei” (“The King’s Speech”), “Estado de guerra” (“The Hurt Locker”), “Quem quer ser milionário” (“Slumdog Millionaire”) e “Este país não é para velhos” (“No Country for Old Men”).
Noutras categorias, o filme “Coco” da Disney e da Pixar foi considerado o melhor filme de animação, enquanto “Jane”, de Brett Morgen, sobre a antropóloga Jane Goodall, venceu o prémio de melhor documentário.
Na televisão, as escolhas principais recaíram em “The Handmaids Tale”, da Hulu, considerada a melhor série de drama, e em “The Marvelous Mrs. Maisel”, da Amazon, a melhor série na categoria de comédia.
“Last Week Tonight With John Oliver” foi considerado o melhor ‘talk show’, a quarta temporada de “Black Mirror” ganhou a melhor mini-série, e “Leah Remini: Scientology and the Aftermath” venceu na categoria melhor produção de não-ficção.
O galardão de melhor programa infantil foi para “Sesame Street” (“Rua Sésamo”), e de melhor programa desportivo calhou a “Real Sports with Bryant Gumbel”, enquanto “Carpool Karaoke” foi premiado como melhor programa de curta duração.
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