Poluição do ar está a afetar peso das mulheres, aponta estudo

Estudo realizado na Universidade Michigan apontou correlação entre obesidade e exposição à poluição do ar nas mulheres.

Poluição do ar está a afetar peso das mulheres, aponta estudo

Embora cerca de 42% dos adultos nos Estados Unidos sejam obesos, os fatores responsáveis por esse nível endémico de obesidade no no país não são totalmente conhecidos pela comunidade científica. Para tornar o desafio um pouco mais difícil, um estudo recente no país aponta uma possível causa que não era sequer equacionado pelos cientistas como fator de risco para a obesidade, especificamente em mulheres: a poluição do ar.

Além do consenso científico apontar que existem múltiplos fatores que causam obesidade, como a genética, a dieta, o nível de massa muscular, a realização de exercício físico, a investigação aponta um novo responsável. De acordo com o estudo, que foi publicado no jornal online científico Diabetes Care, da Associação Americana de Diabetes, analisou 1.654 mulheres nos Estados Unidos com idade média de 49 anos, que foram acompanhadas entre 2000 a 2008. Foram então recolhidos diversos dados, tais como peso, composição corporal e o nível de exposição à poluição do ar.

Principais descobertas

Xin Wang, o principal autor do estudo e investigador do Departamento de Epidemiologia da Universidade de Michigan, deu conta que conseguiu identificar uma correlação entre maior exposição à poluição e um maior risco de obesidade. De forma geral, a maior exposição à poluição está ligada a um maior nível de gordura corporal e menos massa corporal magra em mulheres. Em média, as mulheres expostas à poluição do ar tiveram um aumento na gordura corporal de 4,5%, ou seja, entre 1,5 e 1,7 quilos.

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Além disso, os cientistas analisaram como a poluição do ar e a atividade física influenciaram a composição corporal. Assim, concluíram que a atividade física é uma forma de compensar a exposição à poluição. De acordo com Wang, tal acontece uma vez que existe uma relação entre a exposição a partículas finas de poluição (MP2,5), dióxido de nitrogénio (NO2) e ozónio (O3) e o peso, o IMC, a circunferência da cintura e o nível de massa gorda e magra em mulheres de meia idade. Isso porque, por exemplo, essas partículas estão ligados à inflamação do tecido adiposo, que contribui para a obesidade.

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