Um estudo publicado na Environmental DNA mostra os riscos mortais que os lavatórios escondem. Os investigadores analisaram fungos de 250 lavatórios, de 20 edifícios de um campus universitário. Para tal, utilizaram cotonetes esterilizados para recolher amostras dos canos e foram etiquetados de acordo com localização, propósito, se a água era quente ou fria e se estavam localizadas em casa de banho femininas ou masculinas. Depois, extraíram ADN das amostras e recorreram à amplificação da reação em cadeia da polimerase (PCR) e o processo bioinformático para identificar os micróbios dos lavatórios.

Os resultados são alarmantes: selvas bolorentas com vários fungos. Os lavatórios albergavam 375 géneros de fungos de várias classes, ordens e famílias. Apesar disso, as comunidades apresentam um perfil taxonómico surpreendentemente semelhante. Tal significa que a proporção de fungos não variou muito de lavatório para lavatório ou de edifício para edifício. Ainda que não tenham decifrado a que se deva este semelhança, os cientistas acreditam que se possa dever ao “uso semelhante” que têm na comunidade.

Infeções sistemáticas fatais

“Passamos 90% do nosso tempo dentro de quatro paredes, por isso estamos expostos a fungos casa e no local de trabalho”, diz Gweon, principal autor do estudo. “Para a maioria das pessoas, não é um problema, mas para aqueles que são imunocomprometidos, certas espécies de fungos podem causar infecções graves”. O género de fungo mais comum foi o Exophiala, que pode causar “infeções cutâneas e superficiais”. Estes fungos não são de alto risco na maioria dos casos, mas há registo de “infeções sistemáticas fatais”, aponta o Science Alert.

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