Neurocientista diz que dieta não combate a depressão e fornece 5 ações para a precaução
A depressão está relacionada à personalidade sendo que esta é parte genética, parte ambiente. A personalidade revela como lidar com os problemas, como conduzi-los, como aceitá-los para contorna-los de maneira com que não afete ao ponto de no futuro causar uma depressão.
Muito se fala sobre a relação da serotonina com a depressão. A serotonina é produzida pelo aminoácido triptofano no cérebro e no intestino e a depressão está relacionada a baixa produção de hormonas neurotransmissoras como a serotonina, mas também a noradrenalina, a dopamina, na redução da proteína neuroprotetora BNDF, desativação de genes que protegem o cérebro, disfunção da conexão de regiões cerebrais da razão e da emoção.
Se a serotonina produzida no intestino chega no cérebro, a quantidade é irrelevante para curar uma depressão até porque há outras hormonas envolvidas. E se a dieta for direcionada a todas essas hormonas, há outras substâncias afetadas. A dieta alimentar não cura a depressão, mas ajuda a não potencializar sintomas que mexam com o emocional de forma negativa e também a não baixar a imunidade prevenindo outras doenças. A harmonia microbiota favorece um melhor bem-estar para um melhor equilíbrio emocional.
Nós não somos o que comemos, somos o que o nosso intestino nos permite comer. Somos a harmonia da microbiota intestinal que provém não só da nossa alimentação, mas também do nosso comportamento. O melhor remédio para a depressão é evitar que ela chegue e a receita está em nosso comportamento. Se ela chegou, a receita também está no comportamento e no acompanhamento de um médico através de antidepressivos.
Como devemos agir em caso de depressão
1. Pensar positivo – Tente ver o lado bom das coisas (e pessoas) ao seu redor e não focar somente nos problemas. Conexões positivas revelam uma atmosfera positiva.
2. Interação social e ar livre – Exposição ao sol ajuda na produção de serotonina. Pesquisas revelaram que os níveis de serotonina de pessoas que morreram no verão costumam ser maiores dos que os que morreram no inverno. Sair de casa também acaba sendo uma boa oportunidade para se engajar em novas atividades e conhecer pessoas. A interação pode elevar a produção de serotonina e promove a neuroplasticidade criando novas conexões no cérebro.
3. Praticar exercícios físicos – Sabe-se que praticar exercícios regularmente tem um efeito antidepressivo e ansiolítico. Os melhores resultados são vistos quando a pessoa está acostumada a fazer exercícios aeróbicos e deve-se levar em consideração que o resultado não é imediato.
4. Dieta alimentar – Uma boa alimentação para uma melhor harmonia na microbiota intestinal promovendo assim o equilíbrio necessário para o bem estar e não promovendo perturbações emocionais que potencializem más sensações. É recomendado a dieta mediterrânea rica em grãos integrais, legumes, frutos do mar, bem como vegetais folhosos ricos em nutrientes e em fibras.
5. Mudança de hábitos – A neuroplasticidade reforçam as conexões cerebrais e mudar os nossos hábitos favorecem novas conexões e um aumento na produção de hormonas neurotransmissoras relacionadas com humor, ansiedade, stresse e sono, entre outros.
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