A coroação do rei Carlos III neste sábado foi um exercício de pompa e extravagância. Pessoas de todo o mundo acompanharam de perto o espetáculo, mas os críticos também têm aproveitado a ocasião para apontar o custo e o caráter anacrónico da instituição que é a monarquia britânica. Embora as opiniões sobre se a coroa britânica está devorar ou a gerar dinheiro sejam diferentes, acabar com o status oficial da linhagem real do Reino Unido teria consequências globais de longo alcance.

Para ler depois
Pénis gigante desenhado no relvado da festa pelo novo rei britânico

Além dos territórios ultramarinos britânicos, o rei Charles III atua como chefe de estado de 14 países soberanos, além do seu próprio, tornando o Reino Unido o mais prolífico entre as 17 monarquias constitucionais do mundo que continuam a ter monarcas como chefes de estado representativos. No entanto, o tecido da Commonwealth britânica tem vindo a desfazer-se pouco a pouco.

Carlos III pode deixar de ser em breve rei da Jamaica

Barbados removeu o monarca britânico como chefe de Estado em 2021, enquanto a Jamaica anunciou, no ano passado, que também estava a iniciar o processo. Barbados deu o passo após 55 anos como membro independente da Commonwealth, enquanto a Jamaica comemorou seu 60.º ano de independência em agosto de 2022. Barbados foi o primeiro país em quase 30 anos a abandonar o monarca britânico. Maurícias, Guiana, Trinidad e Tobago, bem como República Dominica, haviam optado anteriormente por um chefe de estado diferente.

Além das monarquias constitucionais, ainda há uma dúzia de países em todo o mundo que são monarquias absolutas ou semiconstitucionais, o que significa que os monarcas concedem poderes consideráveis. Estes tipos de sistemas são mais comuns hoje na Península Arábica, embora Marrocos, Brunei, Eswatini e Liechtenstein também estejam entre eles.

Para ler também
Carlos e Camila agradecem aos que contribuíram para celebrar a coroação

O semiconstitucionalismo – onde monarcas e representantes eleitos partilham poderes – varia de países que permitem que os monarcas retenham alguns poderes próximos junto de parlamento eleito até às chamadas monarquias eletivas, que elegem líderes de um grupo de membros da realeza – o sistema de governo dos Emirados Árabes Unidos . O Papa também é eleito por um grupo de cardeais, mas é o governante singular do Vaticano, e é portanto considerado uma monarquia absoluta.

Dez países na Europa e cinco na Ásia, assim como Tonga e Lesoto, mantêm o seu próprio monarca numa função representativa e como chefe de estado. As monarquias subnacionais tradicionais são prolíficas na Indonésia e na África do Sul, onde o rei da nação zulu, Misuzulu Sinqobile kaZwelithini, detém considerável poder informal na região oriental de KwaZulu-Natal.

As monarquias que ainda sobrevivem no mundo

Statista

Junte-se a nós no Facebook

Siga a Impala no Instagram