Tomás Taveira recusa falar sobre escândalo sexual dos anos 80. «Aconteceu? Aconteceu.»
Tomás Taveira foi protagonista de um dos maiores escândalos sexuais do nosso país, quando a imprensa revelou imagens do arquiteto a ter relações sexuais com várias mulheres. Desde aí, pouco mais se ouviu falar dele…
Tomás Taveira volta a ser notícia por mais um projeto internacional. O arquiteto português, que protagonizou um dos maiores escândalos sexuais do nosso país em 1989, tem em mãos um projeto para um novo estádio de futebol, no Uzbequistão.
Taveira, atualmente com 81 anos, continua a dar cartas no mundo da arquitetura, mas, nos últimos anos, passou muito pouco tempo em Portugal. Passou cerca de 15 anos longe do nosso país, tendo passado pelo Dubai, Rússia, Cazaquistão, Argélia, Brasil ou Angola, onde desenvolveu vários projetos.
Regressou há cerca de três, mas nunca mais voltou às luzes da ribalta. Nos anos 80, era uma das figuras mais mediáticas do nosso país, mas a divulgação de vídeos íntimos, onde aparecia a ter relações sexuais com várias mulheres no seu escritório nas Amoreiras – edifício idealizado pelo próprio -, levou ao fim do seu casamento de longa data com Amarílis Taveira e ao afastamento da vida pública.
As imagens foram divulgadas no dia 2 de outubro de 1989 na revista Semana Ilustrada, com o título As Loucuras Sexuais de Tomás Taveira.
«Aconteceu? Aconteceu»
Em 2018, o arquiteto deu uma longa entrevista ao jornal i, mas não se alongou sobre o escândalo sexual que mudou a sua vida. Garantiu que a polémica «não teve influência» no seu afastamento da vida pública e refere-se a ela como «uma página branca» na sua vida.
E explicou ainda a razão do seu silêncio: «Não quero falar, porque não é relevante para mim como homem, como homem de cultura, como professor catedrático, como pessoa que tem a história que tem. É como dizer que o Charles Aznavour teve um caso com a Amália». E acrescentou ainda: Aconteceu? Aconteceu. O que é que vou fazer? Vou-me matar? Não vou, acabou-se. Que importância é que isso tem? Um ex-primeiro ministro francês, há uns anos, viu serem divulgadas umas cassetes dele e, num programa de televisão, questionaram-no sobre isso. E ele respondeu: ‘Viram? Gostaram?’ E matou logo a conversa».
À mesma publicação, Tomás Taveira explicou a razão de ter aceite dar uma entrevista. «Sinto necessidade de mostrar que estou vivo (…) Noutros tempos, até vinham pedir-me autógrafos».
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: reprodução redes sociais
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